domingo, novembro 09, 2008
Ultimamente o tempo que tenho passado em casa tem sido pouco e nesse pouco não tenho sentido o desejo de escrever qualquer coisa aqui no meu espaço cibernético. Dediquei-me mais a editar um vídeo para a canção Blitzkrieg dos Metallica. Peguei no som de alarme de raide aéreo e juntei-lhe parte de um discurso de Winston Churchill para servir de introdução à música e depois foi cortar e colar pedacitos de poucos segundos de vídeo uns atrás de outros com o Adobe Premiere. O resultado aqui fica.
domingo, setembro 28, 2008
sábado, setembro 27, 2008
Vícios
O meu mais recente vício chama-se Audiosurf. Imaginem uma mistura de Wipeout, Tetris e Guitar Hero e estão próximos do que este jogo é, para além da enorme vantagem de que o número de músicas que se pode escolher corresponder ao tamanho da biblioteca musical de cada um.
O jogo tem vários modos mas o mais simples consiste em viajar por uma pista e apanhar os blocos coloridos enquanto se tenta desviar dos cinzentos. Para pontuar tem de se fazer figuras com 3 ou mais blocos. O que torna isto tudo especial é que a pista e a frequência dos blocos é modulada de acordo com a música que se escolha, por exemplo Alfama de Amália Rodrigues dá uma pista relativamente calma e com poucos blocos, já Through The Fire and Flames dos DragonForce dá uma pista muito rápida com blocos a aparecer por tudo o que é sítio.
Aqui no vídeo vai a maluquice que é jogar DragonForce no Audiosurf.
O jogo tem vários modos mas o mais simples consiste em viajar por uma pista e apanhar os blocos coloridos enquanto se tenta desviar dos cinzentos. Para pontuar tem de se fazer figuras com 3 ou mais blocos. O que torna isto tudo especial é que a pista e a frequência dos blocos é modulada de acordo com a música que se escolha, por exemplo Alfama de Amália Rodrigues dá uma pista relativamente calma e com poucos blocos, já Through The Fire and Flames dos DragonForce dá uma pista muito rápida com blocos a aparecer por tudo o que é sítio.
Aqui no vídeo vai a maluquice que é jogar DragonForce no Audiosurf.
quinta-feira, setembro 25, 2008
Processos da minha mente
Ora bem, como uma canção se torna incondicionalmente minha favorita?
Primeiro vem a música em si, a melodia, riff, whatever ficam-me na cabeça? Se sim, a canção é colocada num buffer. Após algum tempo, o meu cérebro vai processar os conteúdos do buffer e se a canção ainda lá se encontrar passamos à etapa seguinte, a análise da letra. A canção ainda resiste? Se sim o próximo passo é o mais aleatório de todo este processo, durante o tempo que demorou as etapas anteriores acontecer algo marcante na minha vida ou então a letra adequar-se na perfeição ao modo como me sinto na altura. Et voilà! Se tudo isto acontecer tenho uma canção que muito provavelmente me irá acompanhar para o resto da minha vida.
E agora que releio o que acabei de escrever apercebo-me que isto de trabalhar no mundo da informática está a começar a afectar-me com tantos buffers, processos e análises... Enfim, isto tudo para dizer que a canção mais recente que passou este grande teste é "Broken Vows" dos Pentagram.
Primeiro vem a música em si, a melodia, riff, whatever ficam-me na cabeça? Se sim, a canção é colocada num buffer. Após algum tempo, o meu cérebro vai processar os conteúdos do buffer e se a canção ainda lá se encontrar passamos à etapa seguinte, a análise da letra. A canção ainda resiste? Se sim o próximo passo é o mais aleatório de todo este processo, durante o tempo que demorou as etapas anteriores acontecer algo marcante na minha vida ou então a letra adequar-se na perfeição ao modo como me sinto na altura. Et voilà! Se tudo isto acontecer tenho uma canção que muito provavelmente me irá acompanhar para o resto da minha vida.
E agora que releio o que acabei de escrever apercebo-me que isto de trabalhar no mundo da informática está a começar a afectar-me com tantos buffers, processos e análises... Enfim, isto tudo para dizer que a canção mais recente que passou este grande teste é "Broken Vows" dos Pentagram.
sexta-feira, setembro 19, 2008
Róisín again?
Hmm... parece que Róisín Murphy vem outra vez a Portugal, primeiro para um concerto no Porto e depois, dia 30 de Outubro, no Coliseu de Lisboa.
Tê-la visto da primeira fila no Optimus Alive devia ter sido suficiente mas eu tenho uma verdadeira paixão por esta mulher e estou muito tentada a ir outra vez, até porque o facto de fazer 27 anos no dia anterior pode-me levar a oferecer-me esta prenda...
Entretanto aqui fica a fantástica The Time is Now, ainda dos seus tempos de vocalista dos Moloko.
Tê-la visto da primeira fila no Optimus Alive devia ter sido suficiente mas eu tenho uma verdadeira paixão por esta mulher e estou muito tentada a ir outra vez, até porque o facto de fazer 27 anos no dia anterior pode-me levar a oferecer-me esta prenda...
Entretanto aqui fica a fantástica The Time is Now, ainda dos seus tempos de vocalista dos Moloko.
quinta-feira, setembro 18, 2008
O concerto ou a desilusão do ano?
Mais do que a música foi o mito criado por Madonna que levou 75 mil pessoas à Bela Vista e por aí começa um dos pontos negativos da noite de Domingo. Grande parte de quem se encontrava no concerto estava lá quase como um curioso que pretende ver um espécime raro da raça humana e o ambiente geral, salvo algumas canções, foi muito morno. Madonna apercebeu-se disso e tentou puxar pelo público mas sem resultados. O facto de Hard Candy ser um objecto de discórdia entre fãs também não ajudou, aliás, essa foi uma das razões pelo sucesso da Confessions Tour, a energia e a qualidade de Confessions on a Dance Floor, o meu álbum favorito da cantora. O molde do concerto também não foi dos melhores, o palco muito perto do chão impedia quem se encontrava mais atrás de ver directamente o que ia acontecendo. Ora, a Sticky and Sweet Tour vive muito das coreografias e pequenos pormenores e quando não se os consegue observar a experiência para o espectador é prejudicada e definitivamente seria mais apropriado o uso do Pavilhão Atlântico.
Quanto ao concerto em si, penso que se o pode dividir em duas partes distintas, a primeira que inclui os segmentos Pimp e Old School e a segunda, melhor que a anterior, com Gypsy e Rave. A parte final, enfatizando mais a música em si e com um alinhamento de canções bem conseguído, resultou numa grande festa. A remistura de La Isla Bonita com a versão dos Gogol Bordello de Lela Pala Tute pôs toda a gente a dançar, You Must Love Me foi o momento intimo da noite e a versão techno de Like a Prayer que não agradou a todos foi o momento alto da noite para mim.
Outros detalhes de realce, a coreografia e o video de She's Not Me onde Madonna desconstruiu a sua própria imagem. Nos ecrâs passavam várias sequências das mais emblemáticas fases da carreira da Material Girl enquanto no palco Madonna ia despindo as dançarinas que pareciam clones seus para revelar a realidade. Apesar de todo o teatralismo da cena foi para mim o momento mais revelatório do espectáculo onde Madonna jogou com a única constante da sua carreira, a mudança, e que todas aquelas Madonnas não são a verdadeira, envolvendo-a numa aura de mistério que fascina até a própria. Para Hung Up, em tom roqueiro, ficou guardado o momento metal, um pseudo solo de guitarra dela com direito ao sinal dos cornos e tudo. Também não faltou a política, com o apoio a Barack Obama subtilmente feito através de um dos vídeos dos interlúdios.
Em jeito de rescaldo direi que para quem teve a sorte de ficar nas primeiras filas deve ter sido algo de fenomenal mas para o resto do público ficou um pouco o sabor a desilusão.
Quanto ao concerto em si, penso que se o pode dividir em duas partes distintas, a primeira que inclui os segmentos Pimp e Old School e a segunda, melhor que a anterior, com Gypsy e Rave. A parte final, enfatizando mais a música em si e com um alinhamento de canções bem conseguído, resultou numa grande festa. A remistura de La Isla Bonita com a versão dos Gogol Bordello de Lela Pala Tute pôs toda a gente a dançar, You Must Love Me foi o momento intimo da noite e a versão techno de Like a Prayer que não agradou a todos foi o momento alto da noite para mim.
Outros detalhes de realce, a coreografia e o video de She's Not Me onde Madonna desconstruiu a sua própria imagem. Nos ecrâs passavam várias sequências das mais emblemáticas fases da carreira da Material Girl enquanto no palco Madonna ia despindo as dançarinas que pareciam clones seus para revelar a realidade. Apesar de todo o teatralismo da cena foi para mim o momento mais revelatório do espectáculo onde Madonna jogou com a única constante da sua carreira, a mudança, e que todas aquelas Madonnas não são a verdadeira, envolvendo-a numa aura de mistério que fascina até a própria. Para Hung Up, em tom roqueiro, ficou guardado o momento metal, um pseudo solo de guitarra dela com direito ao sinal dos cornos e tudo. Também não faltou a política, com o apoio a Barack Obama subtilmente feito através de um dos vídeos dos interlúdios.
Em jeito de rescaldo direi que para quem teve a sorte de ficar nas primeiras filas deve ter sido algo de fenomenal mas para o resto do público ficou um pouco o sabor a desilusão.
terça-feira, setembro 16, 2008
Metallica - Death Magnetic
Agora que já ouvi o álbum várias vezes e as canções tiveram tempo para assentar, posso afirmar sem dúvida que os quatro cavaleiros estão de volta.
Rick Rubin, o produtor do Death Magnetic pediu à banda para fazer deste álbum a segunda parte não composta de Master of Puppets, entende-se a intenção mas a verdade é que isso é algo impossível de atingir. O LP de 1986 é para mim o pináculo dos Metallica, combina as letras particularmente inspiradas de James Hetfield com os riffs e solos magistrais de Kirk Hammett e até Lars Ulrich consegue disfarçar bem o facto de ser o menos talentoso musicalmente da banda. Depois há ainda o mito que marca a tour de promoção do disco, o acidente de viação que envolveu o autocarro onde seguia a banda e que vitimou o baixista Cliff Burton, um incidente que deixou uma marca bastante forte nos Metallica. Acima de tudo, em 1986, o grupo era um bando de jovens movidos por uma sede enorme de conquistar o mundo, agora em 2008 são maridos e pais nos seus 40s. Isto tudo para dizer que é impossível comparar Death Magnetic aos quatro clássicos dos anos 80, tem-se de o julgar por ele próprio e aí temos uma obra com alguns pontos fracos, nomeadamente alguma da escrita de Hetfield e "Cyanide" a única faixa que parece um pouco desfasada do resto do álbum. Mas depois temos verdadeiras pérolas como "All Nightmare Long", "Suicide & Redemption" (a qual confesso demorou algumas audições para se entranhar) e "My Apocalypse", uma verdadeira bateria de thrash puro e duro. Aliás, não consigo deixar de imaginar a loucura que vai ser no concerto ao som destas músicas quando os Metallica cá vierem para o ano.
Não, Death Magnetic não é perfeito mas é sem dúvida um grande álbum de uma das maiores bandas de sempre, que mostram que se o fogo já não arde com a mesma intensidade, a chama essa nunca se extinguirá.
Rick Rubin, o produtor do Death Magnetic pediu à banda para fazer deste álbum a segunda parte não composta de Master of Puppets, entende-se a intenção mas a verdade é que isso é algo impossível de atingir. O LP de 1986 é para mim o pináculo dos Metallica, combina as letras particularmente inspiradas de James Hetfield com os riffs e solos magistrais de Kirk Hammett e até Lars Ulrich consegue disfarçar bem o facto de ser o menos talentoso musicalmente da banda. Depois há ainda o mito que marca a tour de promoção do disco, o acidente de viação que envolveu o autocarro onde seguia a banda e que vitimou o baixista Cliff Burton, um incidente que deixou uma marca bastante forte nos Metallica. Acima de tudo, em 1986, o grupo era um bando de jovens movidos por uma sede enorme de conquistar o mundo, agora em 2008 são maridos e pais nos seus 40s. Isto tudo para dizer que é impossível comparar Death Magnetic aos quatro clássicos dos anos 80, tem-se de o julgar por ele próprio e aí temos uma obra com alguns pontos fracos, nomeadamente alguma da escrita de Hetfield e "Cyanide" a única faixa que parece um pouco desfasada do resto do álbum. Mas depois temos verdadeiras pérolas como "All Nightmare Long", "Suicide & Redemption" (a qual confesso demorou algumas audições para se entranhar) e "My Apocalypse", uma verdadeira bateria de thrash puro e duro. Aliás, não consigo deixar de imaginar a loucura que vai ser no concerto ao som destas músicas quando os Metallica cá vierem para o ano.
Não, Death Magnetic não é perfeito mas é sem dúvida um grande álbum de uma das maiores bandas de sempre, que mostram que se o fogo já não arde com a mesma intensidade, a chama essa nunca se extinguirá.
terça-feira, setembro 02, 2008
Músicas
Uma das grandes notícias dos últimos tempos é a confirmação da vinda dos AC/DC a Portugal na primeira metade de 2009. Ainda se especula onde, quando e quanto mas há a certeza que vai ser um dos eventos musicais que marcará o ano.
Outra notícia é o lançamento do videoclip de "The Day That Never Comes", o primeiro single retirado do novo álbum dos Metallica, Death Magnetic. Grandes expectativas rodeiam este álbum, com algumas criticas a denominarem este Death Magnetic como o melhor da banda desde 1991.
Outra notícia é o lançamento do videoclip de "The Day That Never Comes", o primeiro single retirado do novo álbum dos Metallica, Death Magnetic. Grandes expectativas rodeiam este álbum, com algumas criticas a denominarem este Death Magnetic como o melhor da banda desde 1991.
Pelo tempo fora
Agora que cá vim ao blog é que reparei no há quanto tempo aqui não escrevia...
Entre excessos e perigos, muita cerveja e vodka, uma viagem de uma semana a Düsseldorf e ler Jack Kerouac, o que também não ajudou muito a atenuar o desejo de viver intensamente.
Pelo meio de tudo isto a ânsia de puder chamar casa a algo ou alguém mas tudo o que consigo é andar pela estrada fora a testar os meus limites...
Entre excessos e perigos, muita cerveja e vodka, uma viagem de uma semana a Düsseldorf e ler Jack Kerouac, o que também não ajudou muito a atenuar o desejo de viver intensamente.
Pelo meio de tudo isto a ânsia de puder chamar casa a algo ou alguém mas tudo o que consigo é andar pela estrada fora a testar os meus limites...
quinta-feira, julho 17, 2008
Silêncios
Estou tão habituada a aguentar sozinha e em silêncio os meus momentos piores que quando um ente querido morre a uma amiga fico sem saber o que dizer. Detesto que isto aconteça! Detesto não saber encontrar as palavras certas que a possam confortar mais um pouco.
Músicas
Se o heavy metal como o conhecemos hoje deve muito à denominada New Wave Of British Heavy Metal, composto por bandas como Iron Maiden, Motörhead ou, em parte, Judas Priest. A verdade é que o caminho que levou o rock a terrenos mais pesados e velozes começou a ser trilhado no final dos anos 60 por Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. E é destes últimos a canção que aqui deixo, "Child in time", do seminal álbum de 1970 "Deep Purple in Rock".
segunda-feira, julho 14, 2008
Optimus Alive!08 :: videos
MGMT :: Of Moons, Birds & Monsters
Peaches :: Simian Mobile Disco - Hot Dog (excerto)
Hercules & Love Affair :: Blind
Róisín Murphy :: Forever More (excerto)
Gossip :: invasão de palco
domingo, julho 13, 2008
Optimus Alive!08 :: 3º dia
Sim, eu estive lá no 2º dia mas para mim o mais aguardado era mesmo o de ontem e é dele que me apetece escrever.
Prólogo:
Fazer o caminho de casa até Algés com um sorriso enorme nos lábios, afinal de contas ia ver a Diva.
Cheguei cedo e abanquei logo na primeira fila. Não era preciso ter ido logo para lá mas eu não queria arriscar. Para me entreter fui tirando fotos aos fotógrafos...
Let the music begin:
Sizo, interessante. The Juan Maclean, apesar de ser cedo demais para a música dele, muito bom. Midnight Juggernauts não desiludiram apesar de a meio da última e melhor canção deles o gerador ter pifado. Claro que quando a energia voltou tocaram-na de novo para um público arrebatado.
E agora que já despachei as primeiras bandas (eu sei, é desrespeitoso e eu até gostei das actuações deles mas há prioridades), tempo da Róisín actuar.
Começou atrasado e aquele compasso de espera, com o palco já preparado para ela mas com ela a não aparecer estava-me a deixar louca. Eventualmente, depois de todos os elementos da banda terem entrado e da música já ter começado a tocar, Róisín apareceu! Vestimentas espaciais, camisola justa e praticamente transparente, ela sem soutien e eu na primeira fila... ela começou a dançar e fui ao céu!
Nem sei bem o que posso escrever mais, as canções com tons mais techno estavam excelentes. Róisín, extravagante, glamourosa e provocante, mostrou que é a verdadeira diva da música de dança actual. E depois aqueles momentos hilariantes em que ia acertando numa das vocalistas de suporte com o sapato que tinha atirado ao ar, ter-se lançado para as cavalitas do guitarrista enquanto este tocava o solo e terem acabado os dois no chão e o final de concerto em que acabou à "briga" com as outras vocalistas, as três no chão, pernas no ar e a Róisín em cima delas...
Não há dúvidas, Róisín Murphy é uma ganda maluca e uma força da natureza!
Acho que não houve concerto que mais feliz me conseguisse deixar e o cigarro que fumei depois de sair da tenda electrónica soube muito a pós-orgasmico...
A seguir a vez dos Gossip e se acabar com a "Standing in the Way of Control" já seria estrondoso, o facto de o público ter invadido o palco e a Beth Ditto ter ido para a plateia cantar foi espectacular! Grande final de concerto, cheio de energia e loucura q.b.!
E por mim acabou por aí a noite. Ben Harper não me aquece nem arrefece e eu queria ir para casa com os acordes electrónicos de Róisín Murphy e o punk rock dos Gossip ainda no corpo.
Epílogo:
Para mim os concertos que marcaram este Optimus Alive!08, MGMT, Peaches, Hercules and Love Affair, Róisín Murphy e Gossip. Aliás, posso dizer que o palco secundário o foi apenas de nome porque assistiu à maior quantidade de melhores actuações deste festival.
Entretanto para o ano a organização avisa que vai haver um grande nome começado por D a actuar, será Depeche Mode?
Prólogo:
Fazer o caminho de casa até Algés com um sorriso enorme nos lábios, afinal de contas ia ver a Diva.
Cheguei cedo e abanquei logo na primeira fila. Não era preciso ter ido logo para lá mas eu não queria arriscar. Para me entreter fui tirando fotos aos fotógrafos...
Let the music begin:
Sizo, interessante. The Juan Maclean, apesar de ser cedo demais para a música dele, muito bom. Midnight Juggernauts não desiludiram apesar de a meio da última e melhor canção deles o gerador ter pifado. Claro que quando a energia voltou tocaram-na de novo para um público arrebatado.
E agora que já despachei as primeiras bandas (eu sei, é desrespeitoso e eu até gostei das actuações deles mas há prioridades), tempo da Róisín actuar.
Começou atrasado e aquele compasso de espera, com o palco já preparado para ela mas com ela a não aparecer estava-me a deixar louca. Eventualmente, depois de todos os elementos da banda terem entrado e da música já ter começado a tocar, Róisín apareceu! Vestimentas espaciais, camisola justa e praticamente transparente, ela sem soutien e eu na primeira fila... ela começou a dançar e fui ao céu!
Nem sei bem o que posso escrever mais, as canções com tons mais techno estavam excelentes. Róisín, extravagante, glamourosa e provocante, mostrou que é a verdadeira diva da música de dança actual. E depois aqueles momentos hilariantes em que ia acertando numa das vocalistas de suporte com o sapato que tinha atirado ao ar, ter-se lançado para as cavalitas do guitarrista enquanto este tocava o solo e terem acabado os dois no chão e o final de concerto em que acabou à "briga" com as outras vocalistas, as três no chão, pernas no ar e a Róisín em cima delas...
Não há dúvidas, Róisín Murphy é uma ganda maluca e uma força da natureza!
Acho que não houve concerto que mais feliz me conseguisse deixar e o cigarro que fumei depois de sair da tenda electrónica soube muito a pós-orgasmico...
A seguir a vez dos Gossip e se acabar com a "Standing in the Way of Control" já seria estrondoso, o facto de o público ter invadido o palco e a Beth Ditto ter ido para a plateia cantar foi espectacular! Grande final de concerto, cheio de energia e loucura q.b.!
E por mim acabou por aí a noite. Ben Harper não me aquece nem arrefece e eu queria ir para casa com os acordes electrónicos de Róisín Murphy e o punk rock dos Gossip ainda no corpo.
Epílogo:
Para mim os concertos que marcaram este Optimus Alive!08, MGMT, Peaches, Hercules and Love Affair, Róisín Murphy e Gossip. Aliás, posso dizer que o palco secundário o foi apenas de nome porque assistiu à maior quantidade de melhores actuações deste festival.
Entretanto para o ano a organização avisa que vai haver um grande nome começado por D a actuar, será Depeche Mode?
sexta-feira, julho 11, 2008
Optimus Alive!08 :: 1º dia
Então aqui vai o meu resumo do dia de ontem.
Prólogo:
Conseguir estacionar o carro por volta das 16.50 perto da torre de Belém. Acho que deve ter sido a moedinha mais bem empregue num arrumador até agora por mim. Escassez de lugares e aquele era bem apertadinho. De facto o homem foi útil.
Depois foi o suplício, para aí 45m a esturricar ao sol para conseguir chegar às grades e ser revistada. Quando me encontrei lá dentro claro que a primeira coisa a fazer foi logo comprar um cerveja. Deambulei um pouco pelo recinto e lá assentei arraias na tenda Metro on Stage.
Let the music begin:
Primeiro concerto do dia, Vampire Weekend. Eles tocam bem e aquilo é dançável mas aquela espécie de afro-pop/ska não me apela lá muito. A seguir, e aproveitando alguma debandada de malta que queria ver The National no palco principal, fui para bem mais perto do palco ouvir aquele que para mim era o concerto imperdível do dia, MGMT. Admito, apesar de adorar o álbum, as minhas expectativas eram baixas. Pelos videos que vi deles ao vivo, pareciam uma desilusão e diga-se que as coisas não começaram lá muito bem, problemas com os microfones deram num atraso de 20/30m. Mas eles finalmente lá tocaram e se valeu a pena a minha fé neles! Foram tudo aquilo que tinha esperança q fossem e mais! O psicadelismo das canções foi ampliado e depois "Electric Feel"... Desisto, tudo o que é canção que adoro e ainda por cima está associada a momentos bons, no meio do calor e êxtase lá faz aparecer inevitavelmente as lágrimas... sou uma menina, não há nada a fazer. No final fiquei convencida de que se eles mantiverem a criatividade e consistência nos próximos álbuns, estaremos perante uma banda de culto.
De seguida, tempo enorme de espera entre bandas porque as Cansei de Ser Sexy cancelaram o concerto no festival no dia antes, ainda por cima com um comunicado em inglês... Digamos que desceram um pouco na minha consideração. Mas a desilusão não foi nada que o DJ set de Peaches não resolvesse e como há barraquinhas de comida bem perto da tenda, dava para estar na fila da comida e estar a ver e a ouvi-la. Acho que vai demorar um pouco até esquecer o momento em que enquanto da Peaches se ouvia "I love the pussy" e "fuck the pain away", a senhora da roulote gritava "preciso de duas pitas aqui para esta moça"... Enfim, retomando o relato. Rumou-se para o palco principal e os The Hives não desiludiram, aliás, bastava a loucura do Pelle Almqvist para já valer a pena estar ali mas quando a isso se junta "Two Timing Touch And Broken Bones", "Walk Idiot Walk" e afins as coisas tornam-se ainda melhores.
Com isto perdi parte da actuação dos Hercules and Love Affair e em especial "Blind". No entanto houve ainda concerto suficiente para dançar e ver as "meninas" de Andy Butler.
Quanto ao momento mais esperado por muitos ali, Rage Against The Machine, fui-me entreter, enquanto tocavam, a comprar pins e o vínil de "Juju" dos Siouxsie & the Banshees, um dos meus álbuns favoritos. Não, definitivamente Rage não me diz nada e o facto de me doer as costas e estar cheia de sono também não ajudou.
Epílogo:
Foi um bom dia em que as bandas que eu queria mesmo ver não desiludiram, nem um pouco!
Para hoje, as atenções centram-se em Bob Dylan.
Prólogo:
Conseguir estacionar o carro por volta das 16.50 perto da torre de Belém. Acho que deve ter sido a moedinha mais bem empregue num arrumador até agora por mim. Escassez de lugares e aquele era bem apertadinho. De facto o homem foi útil.
Depois foi o suplício, para aí 45m a esturricar ao sol para conseguir chegar às grades e ser revistada. Quando me encontrei lá dentro claro que a primeira coisa a fazer foi logo comprar um cerveja. Deambulei um pouco pelo recinto e lá assentei arraias na tenda Metro on Stage.
Let the music begin:
Primeiro concerto do dia, Vampire Weekend. Eles tocam bem e aquilo é dançável mas aquela espécie de afro-pop/ska não me apela lá muito. A seguir, e aproveitando alguma debandada de malta que queria ver The National no palco principal, fui para bem mais perto do palco ouvir aquele que para mim era o concerto imperdível do dia, MGMT. Admito, apesar de adorar o álbum, as minhas expectativas eram baixas. Pelos videos que vi deles ao vivo, pareciam uma desilusão e diga-se que as coisas não começaram lá muito bem, problemas com os microfones deram num atraso de 20/30m. Mas eles finalmente lá tocaram e se valeu a pena a minha fé neles! Foram tudo aquilo que tinha esperança q fossem e mais! O psicadelismo das canções foi ampliado e depois "Electric Feel"... Desisto, tudo o que é canção que adoro e ainda por cima está associada a momentos bons, no meio do calor e êxtase lá faz aparecer inevitavelmente as lágrimas... sou uma menina, não há nada a fazer. No final fiquei convencida de que se eles mantiverem a criatividade e consistência nos próximos álbuns, estaremos perante uma banda de culto.
De seguida, tempo enorme de espera entre bandas porque as Cansei de Ser Sexy cancelaram o concerto no festival no dia antes, ainda por cima com um comunicado em inglês... Digamos que desceram um pouco na minha consideração. Mas a desilusão não foi nada que o DJ set de Peaches não resolvesse e como há barraquinhas de comida bem perto da tenda, dava para estar na fila da comida e estar a ver e a ouvi-la. Acho que vai demorar um pouco até esquecer o momento em que enquanto da Peaches se ouvia "I love the pussy" e "fuck the pain away", a senhora da roulote gritava "preciso de duas pitas aqui para esta moça"... Enfim, retomando o relato. Rumou-se para o palco principal e os The Hives não desiludiram, aliás, bastava a loucura do Pelle Almqvist para já valer a pena estar ali mas quando a isso se junta "Two Timing Touch And Broken Bones", "Walk Idiot Walk" e afins as coisas tornam-se ainda melhores.
Com isto perdi parte da actuação dos Hercules and Love Affair e em especial "Blind". No entanto houve ainda concerto suficiente para dançar e ver as "meninas" de Andy Butler.
Quanto ao momento mais esperado por muitos ali, Rage Against The Machine, fui-me entreter, enquanto tocavam, a comprar pins e o vínil de "Juju" dos Siouxsie & the Banshees, um dos meus álbuns favoritos. Não, definitivamente Rage não me diz nada e o facto de me doer as costas e estar cheia de sono também não ajudou.
Epílogo:
Foi um bom dia em que as bandas que eu queria mesmo ver não desiludiram, nem um pouco!
Para hoje, as atenções centram-se em Bob Dylan.
quarta-feira, julho 09, 2008
Metal-o-betinha
Conversa de hoje de manhã no trabalho com um colega:
lui: então, o que fazes?
moi: nada de especial, tou aqui a ouvir Judas Priest.
lui: gostas de metal?!
moi: ya.
lui: nunca pensei... é que tu, enfim... pareces mais pro... betinha!
E pronto, é assim. Acho que vou inicializar uma nova moda, a betinha metaleira, patrocinada claro está pela Quebramar.
Entretanto vou dando numa de masoquista e vendo no youtube vídeos de concertos dos Iron Maiden. Arghhhh! Como gostava tanto de estar logo no Parque Tejo a gritar a plenos pulmões:
yeaaaaahhyeaaaahhyeaaaahh... hallowed be thy name!
lui: então, o que fazes?
moi: nada de especial, tou aqui a ouvir Judas Priest.
lui: gostas de metal?!
moi: ya.
lui: nunca pensei... é que tu, enfim... pareces mais pro... betinha!
E pronto, é assim. Acho que vou inicializar uma nova moda, a betinha metaleira, patrocinada claro está pela Quebramar.
Entretanto vou dando numa de masoquista e vendo no youtube vídeos de concertos dos Iron Maiden. Arghhhh! Como gostava tanto de estar logo no Parque Tejo a gritar a plenos pulmões:
yeaaaaahhyeaaaahhyeaaaahh... hallowed be thy name!
segunda-feira, julho 07, 2008
Lisboa capital da música
Mas falemos de coisas mais agradáveis, esta semana Lisboa prepara-se para receber 2 dos grandes festivais de verão, Super Bock Super Rock e o Optimus Alive!08. Pessoalmente vou ao último mas o dia de metal do Super Bock é muito bom, com a junção de Slayer e dos míticos Iron Maiden. Tenho pena de não poder ouvir "Hallowed Be Thy Name" ao vivo mas enfim, há que gerir o dinheiro que existe e fazer escolhas.
Entretanto, os Van She lançaram o primeiro single a sair do álbum que vai ser editado em Agosto, "V". Da Austrália para o mundo, "Strangers".
Entretanto, os Van She lançaram o primeiro single a sair do álbum que vai ser editado em Agosto, "V". Da Austrália para o mundo, "Strangers".
E como o Chiado ainda arde na memória
Impossível não ouvir as notícias do fogo de ontem na Avenida da Liberdade em Lisboa e não me lembrar de algo que faz parte da minha infância, o incêndio do Chiado em 1988. Foi só através da televisão que assisti a tudo mas o tempo de antena dedicado à situação, a aflição das pessoas que apareciam no ecrã, a luta dos bombeiros contra as chamas marcou-me. Lembro-me de naquela manhã vestir um boneco de bombeiro, por acaso, entre as várias roupas, ele tinha uma que era essa farda. E lembro-me também de imaginar que ele e eu andavamos a salvar a população, que claro, consistia nos meus restantes peluches.
Poucas semanas mais tarde, fui com a minha mãe a Lisboa, uma paragem obrigatória foi o Chiado. Senti a nostalgia no olhar dela, como que se um sítio quase encantado se tivesse perdido para sempre entre os destroços, papéis queimados e as paredes negras com janelas agora para o céu. O Grandella de "O Pai Tirano" passou à História e as descrições da minha mãe só contribuiram para o seu estatuto de mito na minha mente.
Estranho mas acho que foi aí que começou o meu amor por Lisboa. A Lisboa dos grandes acontecimentos que uma miúda de 6 anos via na televisão.
Poucas semanas mais tarde, fui com a minha mãe a Lisboa, uma paragem obrigatória foi o Chiado. Senti a nostalgia no olhar dela, como que se um sítio quase encantado se tivesse perdido para sempre entre os destroços, papéis queimados e as paredes negras com janelas agora para o céu. O Grandella de "O Pai Tirano" passou à História e as descrições da minha mãe só contribuiram para o seu estatuto de mito na minha mente.
Estranho mas acho que foi aí que começou o meu amor por Lisboa. A Lisboa dos grandes acontecimentos que uma miúda de 6 anos via na televisão.