segunda-feira, setembro 26, 2005

Álbum do dia



Bem, eu não podia estar numa de Japão sem ter uma banda sonora a acompanhar. Música tradicional japonesa tocada pela Ensemble Nipponia.

Nippon

Este fim-de-semana virei-me para o país do sol nascente.
Durante os intervalos que fiz ao meu trabalho final de curso, vi finalmente dois filmes que tinham espicaçado a minha imaginação há já algum tempo, "Mishima: A Life in Four Chapters" de Paul Schrader e "Shichinin no Samurai" de Akira Kurosawa.



O primeiro conta a história de um dos maiores autores japoneses, e certamente o mais mediático, Yukio Mishima, que cometeu seppuku (ritual de suicídio) em 1970 depois de não conseguir instigar uma guarnição do exército japonês a rebelar-se contra o capitalismo e a colocar de novo o imperador como o chefe supremo do Japão. O filme entrelança encenações de extractos dos seus livros com a vida de Mishima, em especial o seu último dia, mostrando que nas suas obras podem-se encontrar fortes indícios da personalidade de Mishima e prevendo mesmo o seu suicídio.
Este filme, de 1985, ainda não foi oficialmente estreado no Japão devido à controvérsia que rodeia os ideais políticos de Mishima.



"Os Sete Samurais" de Kurosawa não precisa de apresentação, considerado a sua obra-prima e um dos filmes mais influentes da história do cinema. Na película é fácil constatar o carisma de Toshiro Mifune (o da espada maior) que o levou a ser o mais famoso actor japonês.

sexta-feira, setembro 23, 2005

O feijão da Sony



O novo leitor de MP3 da Sony, de seu nome Walkman Bean, com uma capacidade de 1 GB, rádio FM e ligação USB.
Agora resta saber se este feijão é mágico e vai fazer as vendas da Sony crescer.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Álbum do dia



O mais uma banda sonora que complementa na perfeição um excelente filme.

Elitismos

"Francamente, é um conceito de imprensa que não me faz grande sentido. Nunca aprofundei a questão o suficiente para ter opinião formada: não conheço nenhuma publicação gratuita. Nem no tempo de O Século gratuito. Cresci com o hábito de comprar jornais. Acho que um jornal é um contrato entre jornalistas e o público e, por isso, tem que ser bilateral: o jornal tem de ser comprado pelo leitor para que exista um compromisso mútuo e este tenha o direito de exigir mais e melhor ao que lê."

Diz Miguel Sousa Tavares no e sobre o "Destak".
À primeira leitura fiquei surpreendida por Sousa Tavares estar com um discurso arrogante e intransigente sem ser por causa dessa instituição de futebol maldita cujo nome não deve ser pronunciado mas que começa por B, acaba em A e pelo meio tem a letra F. Depois fiquei um pouco revoltada por esta expressão de elitismo, é como que algo que seja gratuito e popular não possa ser, no mínimo, interessante.
É verdade que os jornais gratuitos "Destak" e "Metro" não primam pela sua elevada qualidade. Não têm artigos de grande profundidade, as noticias não são muito desenvolvidas e muitas vezes a gramática também não é das melhores. Mas é inegável que pôs as pessoas a lerem algo logo pela manhã, pessoas que, na sua maioria, normalmente nunca comprariam um jornal. Penso que o contributo mais importante destas publicações é criar uma rotina de leitura, com essa rotina, muitas das vezes, virá uma necessidade ou talvez curiosidade em comprar um dos jornais ditos de referência.
Mas não, para Miguel Sousa Tavares estes jornais não fazem sentido, não conhece nenhum deles e não lhe interessa saber. Talvez seja melhor um "24 Horas", sempre é pago...

terça-feira, setembro 20, 2005

Um pouco menos ignorante

Aproveitei para dar uma volta ao jardim da Gulbenkian e trouxe um livro com a temporada de música 05/06. Nunca fui muito letrada em música clássica, sei reconhecer as mais famosas mas de resto... e pensei, porque não ler os concertos que se vão realizar? Talvez algo me chame à atenção.
Estava no técnico, sentada num banco, a ler o livro de concertos e um rapaz sentou-se ao meu lado com o portátil, até aqui nada de novo. Mas de repente ele perguntou-me se eu costumava assistir aos concertos na Gulbenkian. A ler o livro eu devia parecer alguém que percebia algo daquilo e o rapaz pensou que podia ter uma conversa interessante comigo, senti-me uma enorme impostora. Lá consegui puxar dos meus poucos conhecimentos e disse que não, não costumava assistir aos concertos mas que as vindas de Yo-Yo Ma e Evgeny Kissin a Lisboa me estavam a tentar muito. Ele disse então que eu devia ir ao concerto de abertura da temporada, que valia mesmo a pena ouvir Pierre Hantaï, ele estudou cravo em Amesterdão com Gustav Leonhardt e era um excelente solista.
E assim, de um momento para o outro, ganhei um pouco mais de conhecimento sobre os melhores solistas contemporâneos.

Teatro



Este domingo passado fui ao teatro da Trindade ver a adaptação de "Ensaio Sobre a Cegueira" pelo grupo "O Bando".
Foi muito bom ver um teatro esgotado e ainda por cima, na sua maioria, por malta jovem, facto a que não deve ser imune os preços em conta dos bilhetes (sem desconto o mais caro era €15).
Quanto à peça, adorei as 2h30 de representação. Em especial toda a cena passada no manicómio, pelos actores, pelo argumento (que segundo me disseram, pois não li o livro, seguia à risca a obra) e pelo cenário que acentuava o tom de desespero e o fim da esperança. No final, a mensagem de que o pior cego é mesmo aquele que não quer ver e a redenção das personagens.

A cereja em cima do bolo, foi sair do teatro e ver uma sms do serviço noticioso familiar com a mensagem de que o glorioso Benfica tinha ganho por 4 a 0!

segunda-feira, setembro 19, 2005

A beleza do futebol...

domingo, setembro 18, 2005

Álbum do dia



Uma das minhas bandas sonoras favoritas.
Combina na perfeição música original com temas de William Byrd, Edward Elgar e Mozart.
O álbum começa com "Elizabeth: Overture" a dar o tom do extremo conflito religioso que se vivia na Inglaterra do século XVI, mais propriamente a aura de fanatismo católico do reinado de Mary I, onde a morte de protestantes na fogueira era uma constante. O nome da bebida "Bloody Mary" é inspirado no cognome desta rainha.
E é esse o ponto forte desta banda sonora, a atmosfera que dá ao filme. O uso dos violinos é excelente a ilustrar as conspirações, algumas delas com o aval do Papa, para destronar ou mesmo assassinar Elizabeth. "Love Theme" revela sensibilidade e uma extrema beleza ao mesmo tempo que transparece um sentimento de inatingibilidade. O álbum acaba com "Nimrod" de Elgar e "Requiem: Introitus" de Mozart. Estas duas faixas revelam o resto do período do reinado de Elizabeth, a majestade de uma rainha única na história inglesa, que apesar de imensamente indecisa conseguiu criar um culto à sua pessoa e dar a estabilidade que permitiu lançar as fundações da moderna Inglaterra.

sábado, setembro 17, 2005

Sem comentários

Reportagem da SIC sobre a manifestação de extrema-direita em Lisboa:

Manifestante - Está provado que 80% dos homossexuais são pedófilos.
Jornalista - Onde verificou isso?
Manifestante - Num estudo na internet.
Jornalista - Quem realizou esse estudo?
Manifestante - Err... agora não me lembro... está na internet!

sexta-feira, setembro 16, 2005

Portugal será sempre Portugal

Era o tempo da ditadura de Salazar, Eusébio e a Amália eram os expoentes máximos do país. Ele vinha de Moçambique e a justificação de ser um símbolo de Portugal cabia na noção política de que as colónias não eram países estrangeiros sob o nosso dominio, mas sim uma extensão da pátria, o Portugal ultramarino. Amália, que nasceu perto da Mouraria, era a alma de um povo pobre e triste. Versos como:

"A alegria da pobreza
está nesta grande riqueza
de dar, e ficar contente."

decerto fariam as delícias de um regime que queria manter o povo português adormecido, acorrentado à eterna saudade, esse sentimento tão nosso de querer algo, sentir a falta de algo mas sem alguma vez lutar pelo objecto da nossa saudade.

Quando vejo o anúncio de uma cadeia de supermercados alusivo à época de início de aulas e observo o uso dos nomes do Cristiano Ronaldo e da Mariza, não resisto a pensar que a ditadura pode ter acabado mas o país continua o mesmo. O jogador de bola e a fadista, até as coincidências de ele também vir de além mar e ela ter nascido para o fado na Mouraria parece, inconscientemente, comprovar a estagnação portuguesa. E depois a mesquinhice e inveja que continuam a minar o pensamento do português tipico, em vez de ficarem contentes e orgulhosos da Mariza ser reconhecida no estrangeiro, em particular em Inglaterra, antes preferem tecer comentários como "ela assassina os poemas que canta" ou "com estas brasileirices, isto não é fado, ela não é fadista". Volta-se a repetir o que se passou com Amália quando ousou cantar os grandes poetas portugueses ou aceitou a introdução de sonoridades brasileiras por Alain Oulman.
Definitivamente Portugal será sempre Portugal.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Roksan Radius 5

Ia eu descansada pelas escadas rolantes, no Saldanha Residence, quando olho para a minha direita e vejo esta beleza.



Claro que fui logo vê-lo mais de perto, o preço quase €1400. Por aquilo que sei, nesta categoria de preços, é muito raro encontrar-se gira-discos com um design destes, com o motor separado do prato e com o braço da agulha também separados (isto causa uma redução do ruído no som).

Ai, que eu faço minhas palavras o que os ABBA cantam em "Money, Money, Money":

"All the things I could do
If I had a little money,
It’s a rich man’s world"

E a Luz acendeu-se!



Bastou o Koeman não inventar esquemas tácticos e o Benfica voltou às vitórias.
Claro que ser treinadora de bancada é fácil mas acho que quando um treinador chega a uma equipa nova, o que ele deve fazer é adoptar um esquema em virtude das características dos jogadores e nunca ao contrário.
Gostei bastante do Nelson, o Ricardo Rocha parece que quer bater algum recorde de mais vermelhos numa temporada e o Miccoli... bem, acho que temos craque! Pode ser que ele faça jus à tatuagem do Che Guevara que tem na perna e seja o verdadeiro líder da revolução vermelha no campeonato.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Teatro


Maggie Smith e Judi Dench


A propósito do novo look, na versão impressa, do The Guardian, acabei por ler um artigo sobre a actriz inglesa Judi Dench, em que ela afirma 'Please God, not retirement!'. E ainda bem, tanto para o bem do teatro como para mim. Sempre foi um dos meus desejos para, espero, concretizar no futuro, ver actuar numa peça em Londres, pelo menos um dos grandes nomes do teatro inglês, um Derek Jacobi, Ian Mckellen ou as meninas da foto em cima.
Talvez seja fruto da minha inclinação anglofila, mas acho que a fama dos actores britânicos de serem dos melhores do mundo é totalmente certa. E para se apreciar verdadeiramente o talento de uma pessoa, esse sitio é no teatro, sem os artifícios do cinema ou da televisão. Ao ver McKellen em "Gods and Monsters", Judi Dench em "Mrs Brown" ou Maggie Smith em "David Copperfield" só penso, se eles são excelentes no grande ecrã o que eles não farão num palco, em que têm o espaço necessário para expandir a personagem. Depois, quase todos eles têm aqueles pormenores que apimentam as personalidades fortes, como por exemplo Maggie Smith responder a um jornalista que lhe perguntou sobre o método Sanford Meisner, ao qual ela disse: "Oh, we have that in England, too. We call it wanking."

No artigo fiquei também a saber que está em rodagem o filme "Notes on a Scandal", com a Judi Dench e a Cate Blanchett. Em que Dench e Blanchett são duas professoras na mesma escola, Blanchett tem um caso com um aluno e Dench vai usar isso para manipulá-la a ser a sua melhor amiga. Parece-me que o filme vai ser um bom confronto de actuação entre as duas.

Álbum do dia



Não sei explicar porquê mas há artistas que acordam algo dentro de nós.
Desde que ouvi pela primeira vez os acordes iniciais de "Blue Train" que rendi-me à música de John Coltrane.
Este álbum abrange as sessões que Coltrane gravou para a Atlantic Records, e possui pérolas como as fantásticas rendições de "My Favorite Things" ou "Summertime" e uma das minhas favoritas, "Equinox".

Revista da semana

Esta minha última semana foi bastante movimentada, desde receber uma declaração de amor de um rapaz, um fim-de-semana em que mal dormi a tentar acabar o relatório do tfc para entregar à professora no domingo à noite, ter uma discussão via messenger domingo de manhã com a minha colega de grupo de tfc, garanto-vos que depois de quase duas directas até a pessoas mais calma pode enfurecer-se. Falei com ela ontem e ambas concordamos que se estivessemos juntas em vez de pelo messenger naquela manhã, o mais certo era ter havido cena de estalada da grossa (moral da história, o messenger diminui a violência física). Entretanto, esta semana já começaram as aulas e ando praticamente a beber café antes e depois de qualquer aula para me manter acordada. Ontem, reunião com a professora. Ela está muito mais contente com o nosso trabalho. Não dá para entregar até amanhã, é melhor entregar na outra data limite em Novembro e é do modo que temos tempo para melhorar vários detalhes. Pelo caminho ainda aconteceram pequenas coisas que definitivamente me fazem acreditar no estereótipo de que as mulheres são mesmo complicadas, ou que, pelo menos, de vez em quando têm ataques de extrema sensibilidade e não perdoam.

Mas pronto, já não tenho a pressão de uma data limite muito próxima e posso fazer o tfc nas calmas, hoje dormi 12 horas e com o começo da rotina das aulas é garantido que a minha vida vai voltar à pasmaceira do costume. Em resumo, já posso ver as novidades da blogosfera e verificar as mudanças de território...

quarta-feira, setembro 07, 2005

E qual Lázaro, ele ressuscitou!

E eis que das cinzas o meu leitor/gravador de DVD ressuscitou!
De repente começou a funcionar. Quando leio algum DVD, ele ainda tosse pedaços do revestimento do CD que se partiu dentro dele, mas ele é forte! Coisas podem-se partir no seu interior que ele continua em frente no seu caminho!

O mini morreu, viva o nano!




Pois é, o iPod ficou ainda mais pequeno com o iPod nano, disponível em 2GB ou 4GB.

*Sigh*
Quando é que eu terei dinheiro para comprar estes brinquedos?

domingo, setembro 04, 2005

...

Nem sei o que escrever aqui no blog. Às vezes sinto um impulso para escrever algo mas nada sai. Talvez falar do meu leitor/gravador de DVD que foi-se, o primeiro CD de mp3 que gravei resolveu auto-destruir-se dentro dele em mil bocados. Enfim, entre muitas músicas e colectâneas de oldies, o que mais sinto falta é da banda sonora do "Conan, The Barbarian". Entretanto aqui ao lado tenho a televisão na sic e acho que está a passar o filme "Lendas do Kamasutra". Nos headphones estou a ouvir um pouco de funk de Sharon Jones & The Dap-Kings. Estou a fazer isto mas não estou verdadeiramente interessada em alguma coisa, estou apenas a tentar adiar esse momento em que apagarei a televisão, o pc e irei para a cama, ficar rodeada pelo silêncio e a sós com os meus pensamentos... se ao menos o sono chegasse rápido...

Imagens



"Alcochete à Noite"
Eo