terça-feira, novembro 30, 2004

Finalmente Jorge Sampaio ganhou coragem! Já não era sem tempo...


Vi finalmente o filme "Sleepy Hollow". Deu, domingo, na TVI à brilhante hora de, para aí, 3h30 da manhã! Claro que tive de pôr o gravador de video a funcionar...
Mas voltando ao filme, o ambiente gótico é excelente, a história, com uns salpicos de humor negro, prende-nos e Johnny Deep rouba por completo todas as cenas onde entra. Aliás, a parceria Johnny Deep/Tim Burton nunca desilude.
Com isto tudo cada vez gosto mais da obra de Tim Burton. Exceptuando "Planet of the Apes", adoro todos os filmes dele que vi, os dois primeiros filmes da saga Batman, "Edward Scissorhands" e "The Nightmare Before Christmas". Ainda estou para ver "Big Fish" mas por tudo aquilo que me contaram penso que não acabarei desiludida.

sábado, novembro 27, 2004

"Alone"
Edgar Allan Poe

From childhood's hour I have not been
As others were — I have not seen
As others saw — I could not bring
My passions from a common spring —
From the same source I have not taken
My sorrow — I could not awaken
My heart to joy at the same tone —
And all I loved — I loved alone —
Then — in my childhood, in the dawn
Of a most stormy life — was drawn
From every depth of good and ill
The mystery which binds me still —
From the torrent, or the fountain —
From the red cliff of the mountain —
From the sun that round me rolled
In its autumn tint of gold —
From the lightning in the sky
As it pass'd me flying by —
From the thunder and the storm —
And the cloud that took the form
When the rest of Heaven was blue
Of a demon in my view.
Mudei de canal para a 2: e estava a dar um concerto, uma nota bastou para reconhecer a música: "Adagio for Strings, op. 11" de Samuel Barber.
É a única música que me faz chorar sempre que a oiço. Como é possível pôr tanta dor num conjunto de notas musicais? Quando os violinos chegam ao seu clímax, torna-se quase insuportável continuar a ouvir o som.
Incrível o dom que certas pessoas têm de conseguir, usando a arte, exteriorizar emoções.



É assim que eu me entretenho durante os testes e exames para os quais não estudei nada.

sexta-feira, novembro 26, 2004

Álbum do dia



Sem querer, "Goodbye Enemy Airship the Landlord Is Dead" dos Do Make Say Think tornou-se a banda sonora perfeita para uma noite de trabalho.
Na mesma categoria de post-rock, são muitas vezes comparados com os, também canadianos, Godspeed You! Black Emperor. No entanto a sonoridade é diferente, sendo menos explosiva emocionalmente que os Godspeed.

quarta-feira, novembro 24, 2004

Depois de recuperada da desilusão de não ver o Benfica ganhar e ficar isolado no primeiro lugar agora é altura de mandar-me de cabeça ao trabalho e acabar um relatório para amanhã, outro para sexta-feira e mais um para a outra sexta-feira!

domingo, novembro 21, 2004

Pinturas - Francis Bacon



Study from Innocent X (1962)
"-Romeiro, romeiro! Quem és tu?
-Ninguém!"

É incrível a força destas duas frases, as únicas da cena XV de "Frei Luís de Sousa"!
Ainda me lembro de quando li a obra no secundário e mesmo sem ninguém me dizer nada ou ter decorado o texto, estas linhas vinham-me sempre à mente. E agora vejo que não sou a única a cair no feitiço deste diálogo, até já há uma peça de teatro com esse nome no Teatro da Luz.

sábado, novembro 20, 2004

Pedaços

"I just hope to God that death is the fucking end."

Sarah Kane in "4.48 Psychosis"

Álbum do dia



Energia pura e dura! Os suecos The Hives dão um show de punk/garage rock exactamente como eu gosto.
Depois de algumas conversas cada vez me convenço mais que existe muitas pessoas que confundem a igreja (icar) com Deus. Pensam que se estiverem contra as posições da igreja e do papa que estão contra os desígnios de Deus e que por consequência serão castigadas para toda a eternidade no inferno. Será que é assim tão difícil para estas pessoas aperceberem-se que a igreja não é a voz de Deus na terra, que a igreja não passa simplesmente de uma institução constituída por homens como todos os outros e como tal sujeitos a inveja, mesquinhez ou ganância?

quinta-feira, novembro 18, 2004

Álbum do dia



Só pela primeira faixa, "Agnus Dei", já valia a pena ouvir o novo álbum de Rufus Wainwright.

Vicios...

Ultimamente ando a notar que estou a ficar viciada na Agenda LX. No início de cada mês até já vou de propósito à biblioteca do Técnico só para ver se a revista já chegou.


terça-feira, novembro 16, 2004

A rodar no winamp



Hoje à tarde estive a aproveitar os já fracos raios de sol no parque das nações. Estava sentada a beber sumol quando de repente apareceu um varredor indiano a cantar baixinho. A primeira coisa que pensei foi que ele iria despir a farda, mostrar a sua camisa cor-de-rosa e cantar a plenos pulmões "Del Pita, Pita Del". Depois apareceriam montes de figurantes vindos do nada a fazer coro enquanto dançavam. Mas para meu desgosto não tive direito a esse espectáculo tipo filme indiano. Acho que se calhar era por estar a beber a bebida errada... ou isso ou ando a ver tv a mais...

segunda-feira, novembro 15, 2004

Álbum do dia




O que se poderá dizer?!
"L'amour Est Mort", "Ne Me Quitte Pas", "Amsterdam"...

Imagens - Ingrid Bergman


domingo, novembro 14, 2004

RIP "Six Feet Under"

A HBO confirmou recentemente que a próxima temporada (a quinta) da série será a última.

Bem, a minha calma reacção a esta notícia é...
NÃO! NÃO PODEM FAZER ISSO! NÃO ME TIREM A BRENDA! NÃO!

Pub

Estás fart@ do Internet Explorer? Achas que o Firefox 1.0 não é para ti? Gostas de música?

Opera é a solução!! Faz já o download e toda a tua vida irá melhorar!


[Nota: momento publicitário com o alto patrocínio moral de Nunito.]

sábado, novembro 13, 2004

Esta tarde, estive a ver o DVD que vinha com o Público de quinta-feira, "Sylvia Scarlett" de George Cukor com Katharine Hepburn e Cary Grant.
Hepburn faz de uma rapariga que por causa dos problemas do pai com a policia tem de se disfarçar de rapaz. Ela, na sua infância, tinha sido uma maria-rapaz e isso nota-se na naturalidade com que ela pega na personagem, saltando por cima de sofás ou vedações. Numa cena do filme é mesmo ela e não Cary Grant quem se lança ao mar para salvar uma mulher que tinha tentado suicídio. Com este "gender bending" mais o facto de a personagem de Katharine ser beijada por outra mulher não admira que quando o filme foi lançado (1936) tenha sido muito mal recebido.
Ao ver o filme só me vinha à cabeça que de facto Katharine Hepburn era alguém com uma personalidade fortíssima e sem medo de tomar riscos.

Momentos

Fui dar um passeio à praia e ia agora para casa. Tinha acabado de passar por um café quando de repente oiço uma voz a chamar-me, voltei-me, era um tio meu. Ele disse para entrar e sentar-me com ele para tomar um café e um bolo.
Sentei-me em frente ao meu tio, os cabelos dele já estão completamente brancos, os seus 73 anos fazem-se sentir, no entanto nos olhos azuis ainda há aquele brilhozinho. Ele perguntou como é que a escola ia, se os meus pais estavam bem. Ele ia daqui a pouco trabalhar e estava apenas a descansar enquanto fumava um cigarro e bebia um café. Já não me lembro por que caminhos a conversa andou, só sei que foi parar a histórias antigas de quando ele e o meu pai trabalhavam nas salinas. Contou-me que uma vez um gajo qualquer tinha dito mal do meu pai e ele a proteger o irmão mais novo tinha dado uma lição, entenda-se tareia, ao outro. Contou-me de como a vida na salina era extremamente dura, que quando vinham os barcos para levar o sal para Lisboa eles tinham que carregar na cabeça canastras de sal que pesavam quase 60 kg. Contou-me de quando os salineiros revoltaram-se e pediram um aumento de 10 tostões no salário. A PIDE, alertada pelos bufos, não tardou e levou presos alguns dos que se revoltaram para interrogatório. O padre que se tinha posto do lado dos salineiros também foi "convidado" a sair da vila e recolocado noutro sítio qualquer. O meu tio conseguiu fugir porque se tinha escondido num barco de descarga de carvão onde outro tio meu trabalhava. E enquanto ele continuava a contar histórias, parecia que eu estava a fazer uma viagem no tempo. É estranho mas quando ouvimos estas coisas da boca de quem realmente as viveu é como se estivessemos naquela época a reviver os acontecimentos ao lado de quem as conta.
Entretanto tinha chegado a hora dele ir trabalhar, despedimo-nos e cada um seguiu o seu caminho.

sexta-feira, novembro 12, 2004

Imagens - Marlene Dietrich


quinta-feira, novembro 11, 2004

Álbum do dia



Basil Poledouris produziu aqui uma das melhores bandas sonoras de sempre. Guerreira, épica e poderosa em algumas faixas, em outras é frágil, bela, espiritual mesmo.
Para quem nunca viu o filme e veja a capa com o Arnold Schwarzenegger talvez pense que é mais um filme medíocre no entanto está completamente errado. Feito em 1982, quando os filmes de fantasia não gozavam ainda do respeito conquistado pela trilogia "The Lord of the Rings", "Conan, The Barbarian", foi dos primeiros a levar o género a sério. Com Oliver Stone como argumentista, Dino De Laurentiis como produtor, uma história coesa, Schwarzenegger quase sem dizer uma palavra, boas interpretações secundárias e esta poderosa banda sonora são os ingredientes que fazem de Conan um bom filme.
De realçar ainda o facto do tema musical principal ter sido usado em vários trailers de outros filmes, como por exemplo o "Gladiator".

quarta-feira, novembro 10, 2004

Neste momento estou a deliciar-me com a música "Von" do primeiro álbum, que também se chama "Von", dos Sigur Rós, que foi editado finalmente no nosso país.
O meu pc também está a gostar da canção, tanto que há pouco não aguentou tamanha emoção e entrou em êxtase informático! Bloqueou completamente, nas colunas da aparelhagem (ao qual tenho o pc ligado) ouvia-se um estridente beeeeeeep e o botão do On/Off não funcionava por mais que carregasse nele. Mas pronto, depois de lhe acabar com o transe (a.k.a. desligar-lhe a electricidade), ele agora já está a trabalhar normalmente e a aguentar com o resto do álbum dos Sigur Rós.

terça-feira, novembro 09, 2004

Imagens - Eileen Dunne



Vítima do blitz alemão sobre Inglaterra.
Porque é que passamos a vida a esquecer o passado e a criar guerras?

Momentos

Hoje (eu sei, já passa da meia-noite e eu devia dizer ontem) à tarde tinha duas horas para gastar e apeteceu-me ir ao atrium saldanha. Assim que entrei ouvi o som de um piano mas pensei que fosse da instalação de som do atrium, quando ia nas escadas rolantes é que vi que uma mulher estava a tocar piano no piso de baixo. Dei uma volta pelo segundo piso e entrei na livraria da Edições Asa e pronto, desta não escapou e comprei "A Pianista" de Elfriede Jelinek, a nobel de literatura deste ano. Já tinha visto o filme com a Isabelle Huppert e fiquei com interesse para saber aquele "mais" que só um livro dá. Quando saí da livraria ouvi o piano a cantar uma melodia que reconhecia mas não sabia dizer qual era. Na minha mente ecoou então "L'accordéon expire/Alors le geste grave/Alors le regard fier/Ils ramènent leur batave". Lembrei-me, Jacques Brel! Senti um enorme impulso dentro de mim, tinha de estar perto do som! Desci rapidamente as escadas e sentei-me num banco de pedra onde estava um senhor também a ouvir o som. Sobre o piano uma enorme pilha de pautas de canções, ao lado uma cadeira que oferecia apoio ao casaco e aos sacos da pianista. E ali fiquei, a ver esta desconhecida a tocar piano. O segurança de vez em quando lançava uns olhares, razão que juntamente com o facto de os sacos da pianista serem de compras me fez crer que aquele momento era um imprevisto concerto. No fim de "Amsterdam" uma rapariga aproximou-se do piano. Teve uma breve conversa com a pianista e afastou-se. A pianista procurou algo por entre a pilha de pautas e tirou uma. Abriu-a e começou a tocar. Assim que ouvi as primeiras notas não resisti a sorrir. "The Heart Asks Pleasure First" de Michael Nyman. Não sei dizer se ela estava a tocar bem ou não, só sei que estava quase hipnotisada a ver aqueles dedos que sem esforço produziam uma das minhas músicas favoritas. De repente ocorreu-me, eu tinha acabado de comprar o livro "A Pianista" e estava agora a ouvir uma desconhecida pianista a tocar a banda sonora de "O Piano". Sorri de novo. A música acabou. Ouviu-se algumas palmas, a pianista sorriu humildemente. Pegou então no saco e afastou-se do piano. Tinha chegado a minha hora, levantei-me e tomei o caminho para o Técnico a pensar que, apesar de não saber porquê, aquilo tudo tinha-me parecido um momento perfeito.

Álbum do dia




O mais recente álbum de Joseph Malik que combina jazz, house/electrónica e soul. A minha canção favorita, "Aquarius Song", é perfeita no seu nu-jazz.

segunda-feira, novembro 08, 2004

Pedaços

"É o amor que por si mesmo, abstraindo de tudo o mais, faz o espírito arder com o desejo da beleza, de mistura com uma certa esperança de afecto recíproco. Ora bem, será possível que de uma causa mais elevada resulte um afecto moralmente condenável?"

Séneca in "Cartas a Lucílio"

O típico adepto português

Repórter: "Esperava esta vitória depois do resultado para a taça uefa?"
Adepto: "O Benfica vai ganhar a todos!"
Repórter: "Então o que achou do jogo? O Trapattoni fez bem em jogar com dois avançados?"
Adepto: "O Benfica é o maior! Vamos ganhar tudo!"
Repórter: "Este resultado vai pôr pressão sobre o Porto e o Sporting, não?"
Adepto: "Benfica! Benfica! Benfica!"

domingo, novembro 07, 2004

Darling, I'm a fashion queen!

What's Your Fashion Style?

Your Style Is: Classically Chic

You're a woman who loves her life -- you've worked hard to get where you are, and you're darn proud of it! You are brimming with confidence and assertiveness, and friends and colleagues know that if they need help solving a problem, you're the woman to see.

Looking pulled-together at all times is a priority for you. That's why you rely on classic, simple items that don't require a lot of thought and have timeless style.


Style Barometer

Well done! You've got style and you know how to work it!

You give Sarah Jessica Parker a run for her money. You know what's in, you know what suits you and you have a style all of your own.
If you have a crisis in your life, you dress up rather than down because you know that first impressions can really make a difference.
Looking good is a priority for you. You love clothes and although men may come and go, a good handbag is for life.



PS. Só é pena que não tenha dinheiro para materializar o meu lado de fashion diva...

sábado, novembro 06, 2004

Álbum do dia



Por causa das influências minimalistas desta banda sonora quando, em algumas partes, a estou a ouvir lembro-me da banda sonora de "The Hours" de Philip Glass mas James Newton Howard criou aqui algo mais etéreo enquanto que a obra de Philip Glass é mais intensa.

sexta-feira, novembro 05, 2004

Vi hoje, finalmente, "The Village" de M. Night Shyamalan. Mas por pouco que não ia sendo. Apetecia-me ir ao cinema para ver o "Sky Captain and the World of Tomorrow" mas à última da hora o meu instinto disse-me para ver "The Village".
Há quem vá ver o filme a pensar que é um filme de terror ou algo do género mas isto transcende a categoria de terror, aliás eu diria que transcende qualquer categoria. É um filme que nos faz pensar no que estamos dispostos a sacrificar para ter um mundo perfeito e inocente, mas ao sacrificarmos algo para preservar a inocência não estamos a perdê-la?
O melhor filme que vi este ano, até agora, nos cinemas. Excelente!


August Nicholson : "We cannot run from heartache... Heartache is a part of life. We know that now."

quarta-feira, novembro 03, 2004

Kerry admite derrota

E um manto negro volta a cobrir o mundo por mais 4 anos...

Pedaços

Claire: "I know stealing a foot is weird. But, hello, living in a house where a foot is available to be stolen is weird."

Six Feet Under
À espera de um resultado conclusivo sobre as eleições nos USA, visitei o site da bbc e simplesmente adorei um programa em flash no site onde se vê um mapa da América dividido nos seus estados. Estes estão a azul ou vermelho consoante o vencedor, Kerry ou Bush respectivamente. Mas para além da eleição actual pode-se ver também como em eleições anteriores, de 1948 para cá, as cores políticas dos estados foram mudando.
Curiosidades, o facto de Kennedy, democrata e católico, ter ganho grande parte dos estados sulistas, conservadores e protestantes. Nixon e Reagan, ganharam ambos o seu segundo mandato com uma esmagadora maioria, apenas perdendo um estado. Com George W. Bush nota-se o seu domínio nos estados do interior, onde a questão do Iraque e a ameça terrorista islâmica deve ter prevalecido sobre as questões de política interna, e o apoio incondicional dos estados que compõem a "cintura bíblica", estados sulistas onde o fundamentalismo evangélico reina. Aqui, para além da questão de política externa, a batalha contra o casamento homossexual beneficiou Bush.

Estamos à tua espera!

segunda-feira, novembro 01, 2004

Álbum do dia