domingo, abril 30, 2006

Imagens


Romy Schneider e Sophia Loren

#1 - A idade de ouro do cinema europeu.

sexta-feira, abril 28, 2006

Vários

Ainda acerca do 25 de Abril, Cavaco Silva tornou-se o primeiro presidente português do pós-revolução a não usar um cravo na lapela. Pergunta que se põe, a direita portuguesa não usa o cravo no 25 de Abril porque protesta contra o PREC que se seguiu ou contra a queda do regime fascista? Em qualquer dos casos só perde. Se é contra o PREC, só revela que coloca em primeiro lugar os próprios interesses em vez dos do país, que é mais importante as guerras políticas entre a esquerda e a direita do que a Liberdade de um povo, se é contra a queda da ditatura, bem... nem é preciso dizer mais.

É entardeceres como hoje que eu adoro. Céu azul, calor quanto baste, pessoas na rua, janelas abertas e o chilrear das andorinhas. Nunca me tinha dado conta da importância para um entardecer perfeito de ter como banda sonora o barulho das andorinhas, sem elas não era a mesma coisa.

Toda a gente diz que a luz em Lisboa é diferente mas ninguém sabe explicar o porquê. No entanto, o que vemos que é diferente não é a luz do sol mas sim o seu reflexo nos olhos de Lisboa. Agora quem manda a Lisboa ter uns olhos tão bonitos e criar semelhante luminosidade??

Álbuns do dia



O que têm estes álbuns em comum? Para além de eu gostar imenso deles, essa belissíma cover de uma canção dos Velvet Underground, de Cat Power.

Em "V for Vendetta", Dario Marianelli constrói uma banda sonora que reflecte o ambiente negro do filme mas que ao mesmo tempo revela a esperança que luta desesperadamente por prevalecer na história. As faixas "Valerie" e "Evey Reborn" são o brilhante exemplo disso.
Já em "The Covers Record", Cat Power pega em temas de Nina Simone, Bob Dylan ou dos Rolling Stones e transforma-os por completo. Aliás, ela torna-os tão seus que se não soubesse à partida qual era a canção nunca reconheceria "Satisfaction" dos Stones.

Carro de sonho



Se me fosse dada a hipótese de escolher qualquer carro para ter, escolheria o Volkswagen Golf.
Nada sei das especificações, não sei quanto tempo demora até aos 100Km/h. Só sei que este carro tem esteticamente tudo aquilo que eu gosto. Por fora tem um design simples mas é o interior que me apaixona. Acabamentos de alta qualidade, tudo denotando muita elegância, classe e sobriedade.

É curioso como o modo como fico atraída por carros segue o mesmo padrão que para as pessoas. O exterior nunca me interessa muito, a não ser que seja uma coisa tão feia como o antigo Renault Clio, o interior é tudo. É o espaço do carro em que se passa a maior parte do tempo logo o mais importante para mim.

terça-feira, abril 25, 2006

25 de Abril, sempre!



Em nome dos que choram,
Dos que sofrem,
Dos que acendem na noite o facho da revolta
E que de noite morrem,
Com esperança nos olhos e arames em volta.
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz que nunca foram ditas,
Em nome dos que rezam em silêncio
E falam em silêncio
E estendem em silêncio as duas mãos aflitas.
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e os destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando a fome lhes dói.
Em nome dos que dormem ao relento
Numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria, terrível e profundo.
Em nome dos teus filhos que esqueceste,
Filho de Deus que nunca mais nasceste,
Volta outra vez ao mundo!

Ary dos Santos - "Kyrie"

sábado, abril 22, 2006

V for Vendetta




Num futuro próximo, a América foi devastada por uma guerra e a Inglaterra para sobreviver deu poder a um regime totalitário, este é o cenário de "V for Vendetta".

Em filmes centrados em regimes ditaturiais há sempre algo que é imediatamente estabelecido pelo cineasta, a cruel dureza da opressão exercida pelo estado. Neste filme, pelo contrário, tirando o recolher obrigatório imposto, tudo nesta sociedade parece normal, quase que se diria que não existe ditadura. Primeiro pensei que fosse uma falha do filme mas depois apercebi-me que era essa exactamente a intenção. Num tempo de crise a população de livre vontade abdicou da sua liberdade em troca de uma falsa sensação de segurança, através da erradicação da diferença de que tem tanto medo. Esta é uma sociedade onde os homossexuais são perseguidos e mortos, onde não existe a multiculturalidade da Inglaterra de hoje, não existem rostos negros ou asiáticos. É sempre mais fácil lutar contra um regime que nos bate porque o reconhecemos como hostil do que um regime que nos vai roubando a nossa individualidade a pouco e pouco enquanto nos adormece. É aqui que aparece V. Sempre com a máscara de Guy Fawkes, um dos conspiradores que visava acabar com a monarquia de Jaime I em 1605. A personagem de V é delineada da de Edmond Dantès da obra de Alexandre Dumas, "Le Conte du Monte Cristo", um homem que consegue escapar da prisão onde estava encarcerado para se vingar dos seus inimigos. V quer acordar o povo para a liberdade mas em última análise, tal como Dantès, é o veneno da vingança que o move e ele sabe que uma vez alcançado o seu objectivo a sua vida perde significado. Parodoxalmente, V acaba por não ter a maioria do tempo do filme, a linha narrativa segue antes a história de Evey, porque esta é a personagem do conflito. Evey era mais uma na multidão dominada pelo medo até conhecer V e só quando este lhe revela o que despoletou a sua vingança, Evey consegue libertar-se. Um simples pedaço de papel que V encontrou na prisão, um rectângulo de papel e nele toda a integridade. Escrito por outra presa, Valerie, que recusou-se a entregar-se ao medo e perder assim a sua identidade, que continuou a amar a mulher da sua vida.

Este filme revela como a nossa sociedade pode ser amanhã, focando-se em temas actuais como o terrorismo ou a homofobia. Simbólica a escolha de V pela "1812 Overture" de Tchaikovsky como tema musical para a espectacular explosão do parlamento. Tchaikovsky, que era homossexual, cometeu suicídio para esconder a sua sexualidade, é como se V quisesse vingar todos os perseguidos pela sua diferença.

Álbum do dia



Este projecto de Paulo Furtado já me tinha chamado a atenção com a sua participação no álbum dos Bulllet, "Torch Songs For Secret Agents", no entanto só agora ouvi algo original do The Legendary Tiger Man.
A primeira vez que ouvi este álbum não houve nada nele que me prendesse, talvez explicável pelo facto de ter sido de manhã quando ia para a universidade, com uma grande pedrada de sono e por ter adormecido no autocarro. Mas quando o ouvi acordada, bem... adorei-o por completo! E a frase "you ain't no friend of mine" parece não querer sair da minha cabeça.

sexta-feira, abril 21, 2006

Se eu vivesse em South Park...



... depois de uma ida à cabeleireira, seria algo parecida com isto.

terça-feira, abril 18, 2006

'Ma' Rainey



Gertrude Pridgett Rainey é considerada a mãe dos Blues. Uma afirmação arrojada porque esta sonoridade já existia mas é inegável o seu enorme contributo para o desenvolvimento dos Blues e principalmente porque, sendo das primeiras cantoras a gravar as suas músicas, levou o estilo até ao grande público.

'Ma' Rainey nasceu em 1886 e muita nova entrou no mundo do vaudeville. Em 1912 tomou uma jovem Bessie Smith debaixo da sua asa e tornou-se uma grande influência para ela. Retirou-se em 1933 quando, devido à Grande Depressão, o poder de compra de grande parte dos seus apreciadores, localizados na sua maioria nos estados sulistas, desceu drasticamente. No entanto, 'Ma' Rainey era uma excelente mulher de negócios e quando voltou para a sua terra natal, Columbus, possuia e dirigia vários teatros. Durante toda a sua carreira foi uma defensora dos direitos das mulheres e não tinha medo de claramente, nas letras das suas músicas, escrever sobre a sua bissexualidade. Uma atitude extremamente corajosa, nem precisamos de recuar mais do que até aos anos 90 onde era quase impensável uma cantora famosa cantar como 'Ma' Rainey nos anos 20 em "Prove It on Me":

"It's true I wear a collar and a tie
(...)
Say I do it, ain't nobody caught me,
Sure got to prove it on me;
I went out last night with a crowd of my friends,
They must've been women, 'cause I don't like no men.
Wear my clothes just like a fan,
Talk to the gals just like any old man"

A entrevista

Ontem tive a minha primeira entrevista para emprego.
Como preparação resolvi esticar o cabelo porque agora que está um pouco mais comprido tornou-se um verdadeiro rebelde, li no site do Expresso emprego algumas dicas sobre entrevistas e depois, para ganhar confiança, passei algum tempo ao espelho a repetir "Eu sou a maior!". Para acalmar um pouco os nervos fui a pé até ao sítio da entrevista, coisa que acabou por não resultar tão bem como eu queria... Quando lá cheguei fiquei a saber que não ia ser individualmente e que ia ter a companhia de mais três pretendentes às vagas. A senhora dos recursos humanos foi ter connosco e conduziu-nos ao seu departamento. O modo de acesso ao departamento era através de identificação pela íris, tudo muito high-tech, até parecia que estava num filme de espionagem. A entrevista em si acho que correu bem, dei um pouco de graxa à empresa e, durante a vez dos outros candidatos falarem, ainda tive tempo para ter uma cãibra no músculo da perna que aguentei estoicamente até passar. É bem feita, por não aproveitar as férias dos treinos para descansar e continuar a ir para a rua correr.
No final, já fora do edifício, nós os quatro concordamos que a coisa tinha corrido bem a todos. Agora é esperar por sexta ou segunda-feira para saber se passei à próxima fase do processo de selecção.

domingo, abril 16, 2006

Álbum do dia



Depois de Dangerous Muse e continuando numa onda de electroclash, não consegui resistir ao mais recente álbum dos Ladytron. Especialmente adoro a faixa "Beauty*2", a prova de que a música electrónica consegue criar paisagens sónicas verdadeiramente etéreas.

sexta-feira, abril 14, 2006

Jesus Loves Me

Jesus loves me
But not my wife
Not my nigger friends
Or their nigger lives
But jesus loves me
That's for sure
'Cause the bible tells me so
Read your bible good and well
Don't forget about that apple spell
Don't fall in the wishing well
Wishing for heaven and gettin' hell
Wash behind your ears don't smell
Cover them freckles don't ask don't tell
Kiss your papa but not too long
Hold his hands
Don't do no wrong
Jesus loves me
But not my wife
Not my nigger friends
Or their nigger lives
But jesus loves me
That's for sure
'Cause the bible tells me so
Hush don't cry
Dry them tears
Time'll wash away all them years
Scare or a bruise
Pick and choose
When you're all grown up
You'll have the blues
Life'll give you that wedding ring
Fancy cars and diamond things
You best believe in jesus' way
And never fall asleep forgetting to pray
Jesus loves me
But not my wife
Not my nigger friends
Or their nigger lives
But jesus loves me
That's for sure
'Cause the bible tells me so

CocoRosie

terça-feira, abril 11, 2006

Fim-de-semana

Depois de um jantar de bloguers benfiquistas no sábado que foi muito agradável mas onde fiquei a saber que em termos de história do Benfica até sou bastante ignorante, no domingo fui passear para Sintra, mais propriamente ver o Palácio e o Parque da Pena.



O que dizer do Palácio? Que é uma enorme extravagância de estilos arquitectónicos é dizer pouco. Parece quase saído de um sonho. Aliás, o que me vinha sempre à mente é que o Palácio da Pena é a versão portuguesa do castelo bávaro de Neuschwanstein, se bem que um pouco mais excêntrico.



O parque é simplesmente lindo e depois, já em casa, fiquei a saber que é considerado o parque da Europa com o mais rico e invulgar conjunto de árvores, com algumas espécies mesmo já extintas nos seus países de origem.

sexta-feira, abril 07, 2006

EP do dia


"The Rejection" dos Dangerous Muse.

quarta-feira, abril 05, 2006

O fim do sonho



Fomos finalmente eliminados.
Acho que este ano foi um bom treino na liga dos campeões. Sim, porque temos jogadores inexperientes nestas andanças e que precisam de rodagem para a conquista do título europeu que vai acontecer no próximo ano.

segunda-feira, abril 03, 2006

Sehr gut!

Hoje sairam as notas do primeiro teste de alemão. Tive um "Sehr gut", em 30 pontos acertei 28 mas também o teste era bastante fácil.
Já para o final da tarde foi a discussão do 3º/4º lugar do campeonato universitário de futsal feminino de Lisboa. A única vez que a equipa adversária foi à nossa baliza marcou e só conseguimos o empate em cima do apito final do jogo. Para se resolver a questão teve-se que ir a penalties. Eu era a que tinha ficado encarregue de marcar o último penalty mas elas falharam o quinto da série e eu não tive que marcar. Estava mesmo com confiança e queria a responsabilidade de decidir o jogo mas o que interessa é que a equipa ganhou (isto assim até parece conversa de jogador de futebol profissional).

Entretanto a Sonata nº11 para piano de Mozart não me sai da cabeça e até acho que combina com a música da Rihanna mas isto é apenas o meu gosto ecléctico a falar mais alto...

domingo, abril 02, 2006

Rihanna



Porque não sei porquê há músicas às quais não consigo resistir ao ritmo...

sábado, abril 01, 2006

Meias da maçã


Posso ainda ter que esperar por começar a trabalhar para poder comprar o meu iPod mas isso não impede que pense já no enxoval para o menino. E como ele, se as coisas correrem como espero, só deve começar a fazer parte da minha vida lá para Setembro, ando a ver umas belas meias quentinhas para ele não me apanhar nenhuma virose no Outono/Inverno.