segunda-feira, maio 30, 2005

Praga bíblica



É impressionante como esta mulher está em tudo o que é sítio!
Nas colunas sociais, nas revistas em quase todos os anúncios, nos espaços publicitários no metro e na rua com a campanha da Triumph (que alegra o dia a muitos), na televisão...
Será que o país foi tomado de assalto por uma Isabel Figueira mania?

domingo, maio 29, 2005

Álbum do dia



A semana passada, estava eu na Fnac do Chiado, quando de repente oiço uma música com um arranjo de violinos que me prendeu imediatamente. Guiada pela minha audição, fui logo tentar descobrir donde vinha aquela música e descobri! Era do trailer do filme de Kar Wai Wong, "2046".
Este é um álbum que combina na perfeição a música original de Shigeru Umebayashi com títulos como "Sway" de Dean Martin ou a ária "Casta Diva" da ópera "Norma" interpretada por Angela Gheorghiu.
O melhor comentário que se pode fazer a uma banda sonora é que a música se aguenta sem as imagens e eu adorei esta banda sonora sem ainda ter visto o filme.

PS. Angela Gheorghiu em "Casta Diva" tem uma voz bela e límpida mas sempre que oiço esta faixa a primeira coisa de que me lembro é a interpretação da Maria Callas! Falta-lhe o enorme alcance emocional contido numa voz menos bonita mas poderosissima como a de Callas.

Enfim...

... foi-se a taça mas...

Campeões! Campeões! Nós somos campeões!

quinta-feira, maio 26, 2005

Melhor que prozac!

Nunca pensei que ir às compras fosse tão terapêutico!
Já me aconteceu estar mesmo em baixo, entrar em lojas de roupas, começar a provar as peças que me chamavam a atenção e de repente dar por mim a sentir-me melhor. E se chego a comprar alguma coisa, aí é que é a cereja em cima do bolo.
Definitivamente nunca mais vou gozar com as personagens femininas que vejo na televisão que vão comprar roupa para se sentirem melhor.

Álbum do dia



A primeira vez que ouvi este álbum e olhei para a capa fiquei "What the f$%# is this?". No entanto passado duas semanas e as músicas simplesmente não saiem da minha cabeça.
É difícil categorizar "Arular" mas as duas maiores influências no som são sem dúvida o jamaicano dancehall e a electrónica.
M.I.A. vem da cena musical londrina mas nasceu no Sri Lanka, filha de um guerrilheiro dos Tigres Tamil e as letras e o som agreste do álbum espelham as suas experiências.

Cinefilias



O lado privado de Hitler em "A Queda — Hitler e o Fim do Terceiro Reich" não me surpreendeu, talvez porque tivesse visto na RTP há pouco tempo o filme "Hitler: Os Últimos Dez Dias" com Alec Guiness no papel principal. Aliás, em algumas cenas as semelhanças são bastante óbvias, o que é normal quando se faz filmes sobre o mesmo facto real. Isto só me faz ter a certeza de que a polémica que se gerou à volta da película de Oliver Hirschbiegel deve-se unicamente ao facto de ter sido feita por alemães.
A segunda guerra mundial acabou apenas há 60 anos, as enormes feridas que o conflito deixou ainda estão demasiado abertas. E o facto de haver um filme produzido por alemães que mostra o outro lado de Hitler é algo que faz despertar os traumas causados pela guerra, provocando assim uma reacção natural de defesa. No entanto temos de conseguir vencer o nosso medo de modo a não cairmos na ignorância de repudiarmos algo apenas com base na sua premissa.

Falando do filme em si, não é nenhuma obra-prima. Limita-se, qual documentário ficcionado, a passar de cena para cena, tendo a secretária Traudl Junge como fio conductor. Bruno Ganz tem de facto um óptimo desempenho enquanto Hitler, mostrando as suas várias faces, desde do histerismo, passando pela demência até à simpatia.

Antes da segunda guerra começar, no Reino Unido a única voz que se ouviu a prever a catástrofe foi a de Winston Churchill, isto porque ele sabia que um déspota capaz de actos horríveis não vem vestido de diabo e com o número 666 nas costas. Ele sabia que um déspota é antes de mais um ser humano como qualquer um de nós. Nesse sentido acho óptimo que "A Queda — Hitler e o Fim do Terceiro Reich" tenha sido feito, para nos lembrarmos que Hitler não era o diabo mas sim uma pessoa.

quarta-feira, maio 25, 2005

Imagens



"The landing at Normandy" de Robert Capa

Ressaca

Depois da loucura da vitória do Benfica, acho que já voltei ao meu estado normal.
Momentos para recordar mais tarde...
Sair disparada do cinema com o coração nas mãos e desesperada para ouvir "Benfica campeão 2004/2005!". Chegar cá fora, olhar para cima e ver, com uma alegria imensa, no ecrã gigante os jogadores a abraçarem-se e o Simão Sabrosa só de slip branco.
Ir a pé para casa e para aí 10 carros, que estavam silenciosos, começarem a apitar de solidariedade quando viam o meu cachecol de Benfica.
Ver o estádio da Luz com cerca de 50 mil adeptos a vibrarem às 4h30 da manhã de uma segunda-feira.

Domingo há mais uma taça para disputar e esperemos que mais momentos emocionantes para viver.
Ninguém pára o Benfica!

domingo, maio 22, 2005

Campeões! Campeões! Campeões!

Será que sou doente?

Já há três noites que sonho sempre com o jogo do Benfica no Bessa! Estou a entrar num estado de total nervosismo. Na minha playlist do winamp o Luiz Piçarra e o Paulo Gonzo expulsaram os At-Tambur.
Infelizmente, da malta que gosta de sair para ver jogos, estou rodeada de sportinguistas e uma portista, pelo que hoje vou ficar em casa. Também não tenho sport tv e ouvir o relato, como eu geralmente oiço a TSF, implica ter que aturar aquela musiquinha irritante nos últimos 5 minutos de jogo, por isso já decidi, não vou ver nem ouvir o jogo! Aliás, vou entrar em reclusão, vou ao cinema ver "A Queda — Hitler e o Fim do Terceiro Reich". Já estive a fazer as contas e a sessão acaba por volta das 21h00, perfeito! É sair do filme e saber logo o resultado.
Deixa cá preparar a minha mala para ir ao cinema... carteira, telemóvel, chaves, rádio para saber o resultado e cachecol do Benfica. Bem, acho que está tudo. Até logo às 21h00 e que a águia voe gloriosa pelos céus de Portugal!

Álbum do dia



CD de estreia dos portugueses At-Tambur. Usando sonoridades tradicionais europeias e árabes criam um álbum que consegue fundir o passado com o presente.
Não sei porquê mas adoro sons tradicionais, talvez porque representam a unicidade de uma terra, um povo.

sexta-feira, maio 20, 2005

Preocupante

Vi primeiro no Às duas por três... e depois li na íntegra um comunicado dos super dragões a dizer que, para este domingo, está a ser preparada uma festa na Avenida dos Aliados. Isto, independentemente do resultado final do campeonato e acrescentam ainda que "Os Super Dragões zelarão pela segurança de todos os adeptos do FC Porto que se dirigirem ao local".

Em resumo, os capangas do pinto da costa, caso o Benfica sagre-se campeão, não querem benfiquistas a festejarem na Avenida dos Aliados. Aquilo é território só deles, não dos portuenses em geral (e muitos há que são de outros clubes) mas exclusivamente dos adeptos do fc porto. É um claro incentivo à violência! E isto é mais uma prova de que o fc porto tornou-se um pequeno estado ditatorial com direito a forças armadas e tudo.
O futebol não devia ser um desporto?

quinta-feira, maio 19, 2005

Festival Eurovisão da Canção



O ano passado foi assim, com Ruslana (Ucrânia) a ganhar o festival. Houve quem dissesse que havia canções melhores mas "Wild Dances" foi para mim impossível de resistir. Um ritmo contagiante a lembrar sonoridades tribais das estepes e com uma coreografia simplesmente espectacular! Acho que a "Xena" (foi assim que uma amiga minha a descreveu) mereceu ganhar.

Entretanto este ano já começou a semi-final. Acabei de ver agora a canção portuguesa. Ainda não me decidi se gosto dela ou nem por isso mas pelo menos acho que é melhor do que as que temos apresentado ultimamente a concurso. A ver vamos, se consegue passar para a final.

terça-feira, maio 17, 2005

Eu vou!

Dia 31 de Maio lá estarei na Aula Magna para ver Antony and the Johnsons!

Ignorância

Estive a falar com uma senhora da União Zoófila e perguntei-lhe se a razão de haver uma maioria de gatos pretos no gatil era precisamente a cor e ela disse-me que sim, que às vezes até chegavam lá gatos com orelhas e patas cortadas, tudo por causa da bruxaria.
É incrível como apesar de estarmos no século 21 ainda temos comportamentos pré-históricos. E viva a ignorância!

segunda-feira, maio 16, 2005

Histórias

Entro no café, vejo uma mesa desocupada ao pé da parede e encaminho-me para ela. Puxo a cadeira e sento-me de frente para a parede, de costas para o resto da clientela barulhenta. Não me apetece ter que aturar os olhares inquisidores de pessoas banais, com vidas simples e conversas mundanas. Recosto-me na cadeira e cruzo as pernas enquanto acendo um cigarro. Pouso o isqueiro no maço de tabaco que pus em cima da mesa.
- O que deseja? – pergunta uma empregada que entretanto se tinha aproximado.
- Era um café, se faz favor.
Ultimamente, esta tem sido a minha dieta, café, cigarros e álcool, sem preferência pelo tipo de bebida. Mal consigo dormir, passo as noites num constante estado febril. Só consigo pensar em ti, na ideia de te abraçar, de te beijar. Sinto-me no limiar da loucura, amas-me ou não me amas? Num momento olhas-me com ternura, pões a tua mão na minha e dizes que me adoras, noutro momento só ligas aos teus amigos, ris-te e desfazes-te em simpatia com eles ao mesmo tempo que me ignoras totalmente quando tento falar contigo. Será que não passo do teu brinquedo do momento? Ainda no outro dia passei por uma perfumaria, não resisti a entrar e a cheirar o teu perfume. Assim que o meu olfacto detectou a fragrância foi como se a tua presença se materializasse ao meu lado e um medo invadiu-me, de que por algum acaso me visses ali e soubesses o poder que deténs sobre mim.
- O seu café. – e a empregada põe a chávena à minha frente.
- Obrigada!
A empregada afasta-se, olho para a mão que segura o cigarro que se consume e ela está a tremer. Combinaste encontrares-te comigo às 16h30, já passa da hora e o facto de poderes chegar a qualquer momento faz aumentar o meu nervosismo.
É hoje! Vou dizer-te que te amo e obrigar-te a responder. Que correspondas ao meu amor por ti ou não, não importa, só quero uma resposta clara que dê paz ao meu espírito.
Sinto uma mão que toca o meu ombro.
- Desculpa o atraso. O trânsito está infernal.
- Não faz mal.
Sentas-te à minha frente e olho-te nos olhos. Tu retribuis o meu olhar e ficamos assim por momentos. "Eu amo-te! Eu amo-te!"
- Parece que é desta que o teu Benfica vai ganhar o campeonato. – cortaste o silêncio e o momento passou.
- Sim, mas ainda falta um jogo. Tudo pode acontecer. – levo a chávena de café já frio aos lábios e uma tristeza invade-me.
"Eu amo-te!"

Frize! Dá só mais um ponto ao Benfica!

quarta-feira, maio 11, 2005

- Eu definitivamente não sou uma pessoa de fé. - vazou a saqueta de açucar no café.
- No entanto quando confias em alguém estás a ter fé que a outra pessoa não te vai desiludir. Podes não ter fé num deus mas tens fé nas pessoas, ou pelo menos em algumas delas. Lá por seres contra a igreja não quer dizer que tenhas de recusar todos os conceitos que a igreja usa. A fé não é algo de deus, a fé é humana. - calmamente deitou as cinzas do cigarro no cinzeiro.

domingo, maio 08, 2005

Que gatas, né!


Rafaela e Soraia

Este sábado co-apadrinhei, com a azithro e o Mars_Crazy, estas duas gatas na União Zoófila. Para quem gostava mas não pode adoptar um animal, apadrinhar é a melhor solução. O valor da quota de apadrinhamento é de 13€ para os cães e 8€ para os gatos, por mês, e o padrinho ou madrinha poderam visitar e mimar os seus afilhados na União Zoófila.

Todos nós já ouvimos nas notícias que estas instituições, que se dedicam a ajudar animais abandonados, sofrem de imensas carências mas só vendo por nós mesmos conseguimos perceber a dimensão das dificuldades. Apesar de as condições não serem as melhores, pelo menos aqui estes animais têm um lugar seguro, longe de maus tratos (vi um gato sem um olho e alguns cães pareciam já ter sofrido muito).
Fui à União Zoófila já com a ideia de me voluntariar e depois da minha visita não pensei duas vezes em inscrever-me. Penso que toda a ajuda é pouca para estes animais, muitos deles postos nestas condições devido a pessoas completamente irresponsáveis.

Álbum do dia



"Paper Tigers" é o quarto álbum, editado este ano, desta banda nórdica.
Para um grupo que vem da Suécia, eles têm um som bastante britânico, muito anos 60. Coisa que me agrada nos Caesars.

sexta-feira, maio 06, 2005

Imagens - "La Dolce Vita"

"It's too darn hot"

Depois do dia de ontem, hoje também está muito calor, será que o verão chegou mais cedo? Só sei que bem que me apetecia ir à praia... água, areia... mas pronto, tenho de estudar para um teste... *sigh*

quarta-feira, maio 04, 2005

Refastelada FM

(Com uma voz muito calma e radiofónica)

E agora, recuperando o espírito rebelde dos anos 60, dedico esta canção de Jimi Hendrix, "All Along The Watchtower", a todos os que estão acordados pelos mais variados motivos e que escolhem como companhia a nossa frequência. A todos vocês, uma excelente noite.

Memórias sonoras

Não sei porquê mas quando ouço certas músicas há imediatamente imagens que me ocorrem.

"O Fortuna" de Carl Orff faz-me imaginar um enorme navio de guerra do século 18 a sulcar as ondas (isto deve ser influências do mítico anúncio do Old Spice).
"Dies Irae" de Mozart lembra-me uma Londres fustigada pelo blitz alemão, mais especificamente esta foto onde, depois de um bombardeamento, se vê a cúpula da catedral de São Paulo erguer-se orgulhosa por entre as chamas e o fumo dos incêndios dos prédios em redor.



Ao "Concierto de Aranjuez" de Rodrigo associei o massacre de Guernica.
Para mim o "Adagio for Strings" de Barber será sempre a música fúnebre para aquelas pessoas que se lançaram das torres gémeas para o abismo em New York.
"Overture: 1812" de Tchaikovsky foi escrito em celebração à vitória dos russos sobre Napoleão mas a minha imaginação adulterou um pouco as coisas e assim a música tornou-se a banda sonora para a parte do livro "Os Miseráveis" de Vitor Hugo que fala de outra derrota de Napoleão, Waterloo.

Curioso que é com as músicas clássicas que eu faço mais estas associações. Talvez porque deixem mais à imaginação do que canções pop/rock, em que a letra cria a sua história, ou bandas sonoras de filmes que invariavelmente ficam ligadas às imagens do filme a que pertencem.