quinta-feira, julho 17, 2008
Estou tão habituada a aguentar sozinha e em silêncio os meus momentos piores que quando um ente querido morre a uma amiga fico sem saber o que dizer. Detesto que isto aconteça! Detesto não saber encontrar as palavras certas que a possam confortar mais um pouco.
Músicas
Se o heavy metal como o conhecemos hoje deve muito à denominada New Wave Of British Heavy Metal, composto por bandas como Iron Maiden, Motörhead ou, em parte, Judas Priest. A verdade é que o caminho que levou o rock a terrenos mais pesados e velozes começou a ser trilhado no final dos anos 60 por Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. E é destes últimos a canção que aqui deixo, "Child in time", do seminal álbum de 1970 "Deep Purple in Rock".
segunda-feira, julho 14, 2008
Optimus Alive!08 :: videos
MGMT :: Of Moons, Birds & Monsters
Peaches :: Simian Mobile Disco - Hot Dog (excerto)
Hercules & Love Affair :: Blind
Róisín Murphy :: Forever More (excerto)
Gossip :: invasão de palco
domingo, julho 13, 2008
Optimus Alive!08 :: 3º dia
Sim, eu estive lá no 2º dia mas para mim o mais aguardado era mesmo o de ontem e é dele que me apetece escrever.
Prólogo:
Fazer o caminho de casa até Algés com um sorriso enorme nos lábios, afinal de contas ia ver a Diva.
Cheguei cedo e abanquei logo na primeira fila. Não era preciso ter ido logo para lá mas eu não queria arriscar. Para me entreter fui tirando fotos aos fotógrafos...
Let the music begin:
Sizo, interessante. The Juan Maclean, apesar de ser cedo demais para a música dele, muito bom. Midnight Juggernauts não desiludiram apesar de a meio da última e melhor canção deles o gerador ter pifado. Claro que quando a energia voltou tocaram-na de novo para um público arrebatado.
E agora que já despachei as primeiras bandas (eu sei, é desrespeitoso e eu até gostei das actuações deles mas há prioridades), tempo da Róisín actuar.
Começou atrasado e aquele compasso de espera, com o palco já preparado para ela mas com ela a não aparecer estava-me a deixar louca. Eventualmente, depois de todos os elementos da banda terem entrado e da música já ter começado a tocar, Róisín apareceu! Vestimentas espaciais, camisola justa e praticamente transparente, ela sem soutien e eu na primeira fila... ela começou a dançar e fui ao céu!
Nem sei bem o que posso escrever mais, as canções com tons mais techno estavam excelentes. Róisín, extravagante, glamourosa e provocante, mostrou que é a verdadeira diva da música de dança actual. E depois aqueles momentos hilariantes em que ia acertando numa das vocalistas de suporte com o sapato que tinha atirado ao ar, ter-se lançado para as cavalitas do guitarrista enquanto este tocava o solo e terem acabado os dois no chão e o final de concerto em que acabou à "briga" com as outras vocalistas, as três no chão, pernas no ar e a Róisín em cima delas...
Não há dúvidas, Róisín Murphy é uma ganda maluca e uma força da natureza!
Acho que não houve concerto que mais feliz me conseguisse deixar e o cigarro que fumei depois de sair da tenda electrónica soube muito a pós-orgasmico...
A seguir a vez dos Gossip e se acabar com a "Standing in the Way of Control" já seria estrondoso, o facto de o público ter invadido o palco e a Beth Ditto ter ido para a plateia cantar foi espectacular! Grande final de concerto, cheio de energia e loucura q.b.!
E por mim acabou por aí a noite. Ben Harper não me aquece nem arrefece e eu queria ir para casa com os acordes electrónicos de Róisín Murphy e o punk rock dos Gossip ainda no corpo.
Epílogo:
Para mim os concertos que marcaram este Optimus Alive!08, MGMT, Peaches, Hercules and Love Affair, Róisín Murphy e Gossip. Aliás, posso dizer que o palco secundário o foi apenas de nome porque assistiu à maior quantidade de melhores actuações deste festival.
Entretanto para o ano a organização avisa que vai haver um grande nome começado por D a actuar, será Depeche Mode?
Prólogo:
Fazer o caminho de casa até Algés com um sorriso enorme nos lábios, afinal de contas ia ver a Diva.
Cheguei cedo e abanquei logo na primeira fila. Não era preciso ter ido logo para lá mas eu não queria arriscar. Para me entreter fui tirando fotos aos fotógrafos...
Let the music begin:
Sizo, interessante. The Juan Maclean, apesar de ser cedo demais para a música dele, muito bom. Midnight Juggernauts não desiludiram apesar de a meio da última e melhor canção deles o gerador ter pifado. Claro que quando a energia voltou tocaram-na de novo para um público arrebatado.
E agora que já despachei as primeiras bandas (eu sei, é desrespeitoso e eu até gostei das actuações deles mas há prioridades), tempo da Róisín actuar.
Começou atrasado e aquele compasso de espera, com o palco já preparado para ela mas com ela a não aparecer estava-me a deixar louca. Eventualmente, depois de todos os elementos da banda terem entrado e da música já ter começado a tocar, Róisín apareceu! Vestimentas espaciais, camisola justa e praticamente transparente, ela sem soutien e eu na primeira fila... ela começou a dançar e fui ao céu!
Nem sei bem o que posso escrever mais, as canções com tons mais techno estavam excelentes. Róisín, extravagante, glamourosa e provocante, mostrou que é a verdadeira diva da música de dança actual. E depois aqueles momentos hilariantes em que ia acertando numa das vocalistas de suporte com o sapato que tinha atirado ao ar, ter-se lançado para as cavalitas do guitarrista enquanto este tocava o solo e terem acabado os dois no chão e o final de concerto em que acabou à "briga" com as outras vocalistas, as três no chão, pernas no ar e a Róisín em cima delas...
Não há dúvidas, Róisín Murphy é uma ganda maluca e uma força da natureza!
Acho que não houve concerto que mais feliz me conseguisse deixar e o cigarro que fumei depois de sair da tenda electrónica soube muito a pós-orgasmico...
A seguir a vez dos Gossip e se acabar com a "Standing in the Way of Control" já seria estrondoso, o facto de o público ter invadido o palco e a Beth Ditto ter ido para a plateia cantar foi espectacular! Grande final de concerto, cheio de energia e loucura q.b.!
E por mim acabou por aí a noite. Ben Harper não me aquece nem arrefece e eu queria ir para casa com os acordes electrónicos de Róisín Murphy e o punk rock dos Gossip ainda no corpo.
Epílogo:
Para mim os concertos que marcaram este Optimus Alive!08, MGMT, Peaches, Hercules and Love Affair, Róisín Murphy e Gossip. Aliás, posso dizer que o palco secundário o foi apenas de nome porque assistiu à maior quantidade de melhores actuações deste festival.
Entretanto para o ano a organização avisa que vai haver um grande nome começado por D a actuar, será Depeche Mode?
sexta-feira, julho 11, 2008
Optimus Alive!08 :: 1º dia
Então aqui vai o meu resumo do dia de ontem.
Prólogo:
Conseguir estacionar o carro por volta das 16.50 perto da torre de Belém. Acho que deve ter sido a moedinha mais bem empregue num arrumador até agora por mim. Escassez de lugares e aquele era bem apertadinho. De facto o homem foi útil.
Depois foi o suplício, para aí 45m a esturricar ao sol para conseguir chegar às grades e ser revistada. Quando me encontrei lá dentro claro que a primeira coisa a fazer foi logo comprar um cerveja. Deambulei um pouco pelo recinto e lá assentei arraias na tenda Metro on Stage.
Let the music begin:
Primeiro concerto do dia, Vampire Weekend. Eles tocam bem e aquilo é dançável mas aquela espécie de afro-pop/ska não me apela lá muito. A seguir, e aproveitando alguma debandada de malta que queria ver The National no palco principal, fui para bem mais perto do palco ouvir aquele que para mim era o concerto imperdível do dia, MGMT. Admito, apesar de adorar o álbum, as minhas expectativas eram baixas. Pelos videos que vi deles ao vivo, pareciam uma desilusão e diga-se que as coisas não começaram lá muito bem, problemas com os microfones deram num atraso de 20/30m. Mas eles finalmente lá tocaram e se valeu a pena a minha fé neles! Foram tudo aquilo que tinha esperança q fossem e mais! O psicadelismo das canções foi ampliado e depois "Electric Feel"... Desisto, tudo o que é canção que adoro e ainda por cima está associada a momentos bons, no meio do calor e êxtase lá faz aparecer inevitavelmente as lágrimas... sou uma menina, não há nada a fazer. No final fiquei convencida de que se eles mantiverem a criatividade e consistência nos próximos álbuns, estaremos perante uma banda de culto.
De seguida, tempo enorme de espera entre bandas porque as Cansei de Ser Sexy cancelaram o concerto no festival no dia antes, ainda por cima com um comunicado em inglês... Digamos que desceram um pouco na minha consideração. Mas a desilusão não foi nada que o DJ set de Peaches não resolvesse e como há barraquinhas de comida bem perto da tenda, dava para estar na fila da comida e estar a ver e a ouvi-la. Acho que vai demorar um pouco até esquecer o momento em que enquanto da Peaches se ouvia "I love the pussy" e "fuck the pain away", a senhora da roulote gritava "preciso de duas pitas aqui para esta moça"... Enfim, retomando o relato. Rumou-se para o palco principal e os The Hives não desiludiram, aliás, bastava a loucura do Pelle Almqvist para já valer a pena estar ali mas quando a isso se junta "Two Timing Touch And Broken Bones", "Walk Idiot Walk" e afins as coisas tornam-se ainda melhores.
Com isto perdi parte da actuação dos Hercules and Love Affair e em especial "Blind". No entanto houve ainda concerto suficiente para dançar e ver as "meninas" de Andy Butler.
Quanto ao momento mais esperado por muitos ali, Rage Against The Machine, fui-me entreter, enquanto tocavam, a comprar pins e o vínil de "Juju" dos Siouxsie & the Banshees, um dos meus álbuns favoritos. Não, definitivamente Rage não me diz nada e o facto de me doer as costas e estar cheia de sono também não ajudou.
Epílogo:
Foi um bom dia em que as bandas que eu queria mesmo ver não desiludiram, nem um pouco!
Para hoje, as atenções centram-se em Bob Dylan.
Prólogo:
Conseguir estacionar o carro por volta das 16.50 perto da torre de Belém. Acho que deve ter sido a moedinha mais bem empregue num arrumador até agora por mim. Escassez de lugares e aquele era bem apertadinho. De facto o homem foi útil.
Depois foi o suplício, para aí 45m a esturricar ao sol para conseguir chegar às grades e ser revistada. Quando me encontrei lá dentro claro que a primeira coisa a fazer foi logo comprar um cerveja. Deambulei um pouco pelo recinto e lá assentei arraias na tenda Metro on Stage.
Let the music begin:
Primeiro concerto do dia, Vampire Weekend. Eles tocam bem e aquilo é dançável mas aquela espécie de afro-pop/ska não me apela lá muito. A seguir, e aproveitando alguma debandada de malta que queria ver The National no palco principal, fui para bem mais perto do palco ouvir aquele que para mim era o concerto imperdível do dia, MGMT. Admito, apesar de adorar o álbum, as minhas expectativas eram baixas. Pelos videos que vi deles ao vivo, pareciam uma desilusão e diga-se que as coisas não começaram lá muito bem, problemas com os microfones deram num atraso de 20/30m. Mas eles finalmente lá tocaram e se valeu a pena a minha fé neles! Foram tudo aquilo que tinha esperança q fossem e mais! O psicadelismo das canções foi ampliado e depois "Electric Feel"... Desisto, tudo o que é canção que adoro e ainda por cima está associada a momentos bons, no meio do calor e êxtase lá faz aparecer inevitavelmente as lágrimas... sou uma menina, não há nada a fazer. No final fiquei convencida de que se eles mantiverem a criatividade e consistência nos próximos álbuns, estaremos perante uma banda de culto.
De seguida, tempo enorme de espera entre bandas porque as Cansei de Ser Sexy cancelaram o concerto no festival no dia antes, ainda por cima com um comunicado em inglês... Digamos que desceram um pouco na minha consideração. Mas a desilusão não foi nada que o DJ set de Peaches não resolvesse e como há barraquinhas de comida bem perto da tenda, dava para estar na fila da comida e estar a ver e a ouvi-la. Acho que vai demorar um pouco até esquecer o momento em que enquanto da Peaches se ouvia "I love the pussy" e "fuck the pain away", a senhora da roulote gritava "preciso de duas pitas aqui para esta moça"... Enfim, retomando o relato. Rumou-se para o palco principal e os The Hives não desiludiram, aliás, bastava a loucura do Pelle Almqvist para já valer a pena estar ali mas quando a isso se junta "Two Timing Touch And Broken Bones", "Walk Idiot Walk" e afins as coisas tornam-se ainda melhores.
Com isto perdi parte da actuação dos Hercules and Love Affair e em especial "Blind". No entanto houve ainda concerto suficiente para dançar e ver as "meninas" de Andy Butler.
Quanto ao momento mais esperado por muitos ali, Rage Against The Machine, fui-me entreter, enquanto tocavam, a comprar pins e o vínil de "Juju" dos Siouxsie & the Banshees, um dos meus álbuns favoritos. Não, definitivamente Rage não me diz nada e o facto de me doer as costas e estar cheia de sono também não ajudou.
Epílogo:
Foi um bom dia em que as bandas que eu queria mesmo ver não desiludiram, nem um pouco!
Para hoje, as atenções centram-se em Bob Dylan.
quarta-feira, julho 09, 2008
Metal-o-betinha
Conversa de hoje de manhã no trabalho com um colega:
lui: então, o que fazes?
moi: nada de especial, tou aqui a ouvir Judas Priest.
lui: gostas de metal?!
moi: ya.
lui: nunca pensei... é que tu, enfim... pareces mais pro... betinha!
E pronto, é assim. Acho que vou inicializar uma nova moda, a betinha metaleira, patrocinada claro está pela Quebramar.
Entretanto vou dando numa de masoquista e vendo no youtube vídeos de concertos dos Iron Maiden. Arghhhh! Como gostava tanto de estar logo no Parque Tejo a gritar a plenos pulmões:
yeaaaaahhyeaaaahhyeaaaahh... hallowed be thy name!
lui: então, o que fazes?
moi: nada de especial, tou aqui a ouvir Judas Priest.
lui: gostas de metal?!
moi: ya.
lui: nunca pensei... é que tu, enfim... pareces mais pro... betinha!
E pronto, é assim. Acho que vou inicializar uma nova moda, a betinha metaleira, patrocinada claro está pela Quebramar.
Entretanto vou dando numa de masoquista e vendo no youtube vídeos de concertos dos Iron Maiden. Arghhhh! Como gostava tanto de estar logo no Parque Tejo a gritar a plenos pulmões:
yeaaaaahhyeaaaahhyeaaaahh... hallowed be thy name!
segunda-feira, julho 07, 2008
Lisboa capital da música
Mas falemos de coisas mais agradáveis, esta semana Lisboa prepara-se para receber 2 dos grandes festivais de verão, Super Bock Super Rock e o Optimus Alive!08. Pessoalmente vou ao último mas o dia de metal do Super Bock é muito bom, com a junção de Slayer e dos míticos Iron Maiden. Tenho pena de não poder ouvir "Hallowed Be Thy Name" ao vivo mas enfim, há que gerir o dinheiro que existe e fazer escolhas.
Entretanto, os Van She lançaram o primeiro single a sair do álbum que vai ser editado em Agosto, "V". Da Austrália para o mundo, "Strangers".
Entretanto, os Van She lançaram o primeiro single a sair do álbum que vai ser editado em Agosto, "V". Da Austrália para o mundo, "Strangers".
E como o Chiado ainda arde na memória
Impossível não ouvir as notícias do fogo de ontem na Avenida da Liberdade em Lisboa e não me lembrar de algo que faz parte da minha infância, o incêndio do Chiado em 1988. Foi só através da televisão que assisti a tudo mas o tempo de antena dedicado à situação, a aflição das pessoas que apareciam no ecrã, a luta dos bombeiros contra as chamas marcou-me. Lembro-me de naquela manhã vestir um boneco de bombeiro, por acaso, entre as várias roupas, ele tinha uma que era essa farda. E lembro-me também de imaginar que ele e eu andavamos a salvar a população, que claro, consistia nos meus restantes peluches.
Poucas semanas mais tarde, fui com a minha mãe a Lisboa, uma paragem obrigatória foi o Chiado. Senti a nostalgia no olhar dela, como que se um sítio quase encantado se tivesse perdido para sempre entre os destroços, papéis queimados e as paredes negras com janelas agora para o céu. O Grandella de "O Pai Tirano" passou à História e as descrições da minha mãe só contribuiram para o seu estatuto de mito na minha mente.
Estranho mas acho que foi aí que começou o meu amor por Lisboa. A Lisboa dos grandes acontecimentos que uma miúda de 6 anos via na televisão.
Poucas semanas mais tarde, fui com a minha mãe a Lisboa, uma paragem obrigatória foi o Chiado. Senti a nostalgia no olhar dela, como que se um sítio quase encantado se tivesse perdido para sempre entre os destroços, papéis queimados e as paredes negras com janelas agora para o céu. O Grandella de "O Pai Tirano" passou à História e as descrições da minha mãe só contribuiram para o seu estatuto de mito na minha mente.
Estranho mas acho que foi aí que começou o meu amor por Lisboa. A Lisboa dos grandes acontecimentos que uma miúda de 6 anos via na televisão.