quarta-feira, agosto 29, 2007

Força Benfica!

Romaine Brooks

"Self-Portrait" (1923)
Muito antes da famosa capa da Vanity Fair com k.d. lang ter tornado o Lesbian Chic em algo glamouroso, Romaine Brooks (1874-1970) retratou de forma perfeita o lado homossexual do meio artístico que florescia especialmente numa Paris pós primeira guerra mundial. Era um mundo boémio onde uma elite de expatriados americanos encontrou um lar para a sua criatividade. O salão de Natalie Barney em particular era o local de encontro de, entre outros, Ezra Pound, Jean Cocteau, T. S. Eliot e Rainer Maria Rilke.
Influenciada pela obra de Whistler, os cinzentos tinham uma grande expressão nos quadros de Brooks. A sua capacidade para capturar a essência da pessoa retratada nas suas telas rendeu-lhe por parte de Robert de Montesquiou a alcunha de "a ladra de almas".
Para além de "Self-Portrait", o seu quadro mais reconhecido, "Peter, a Young English Girl" revela bem as características da sua obra, uma paleta de cores quase monocromática e figuras femininas enigmáticas e desafiadoras de convenções.

"Peter, a Young English Girl" (1923-1924)

segunda-feira, agosto 27, 2007

Siouxsie Sioux

A anti-diva, a rainha do rock pós-punk/gótico ou simplesmente Janet Susan Ballion, está de volta com um novo álbum a solo a ser editado no mês que vem.
Entretanto deixo aqui o video de uma actuação ao vivo em Colónia em 1981, uma das minhas músicas favoritas dos Siouxsie and the Banshees, onde apesar de Siouxsie fazer pouco uso da sua dança saltante tão peculiar consegue transbordar carisma.

Já agora, é só impressão minha ou as ilhas britânicas têm um dom para criar cantoras únicas, desde a Siouxsie, passando pela PJ Harvey até uma Róisín Murphy?

segunda-feira, agosto 20, 2007

Patti Smith #1

"Jesus died for somebody's sins but not mine"

A data do concerto no Coliseu dos Recreios aproxima-se, altura para recordar a canção que marca o início da sua carreira e que é ao mesmo tempo a mais perfeita definição de Patti Smith enquanto poeta do punk rock.
"Gloria" foi originalmente escrita por Van Morrison em 1964 e o génio de Smith, mantendo apenas o refrão, transformou-a num dos hinos da cena underground punk de New York. Estávamos em 1975 e uma nova etapa na história do rock começava a aparecer. Na América surgia os Ramones e no Reino Unido os Sex Pistols estavam a tomar o país de assalto, no entanto Patti Smith foi a pioneira do lirismo num género carregado de energia quase selvática. Com fortes influências de, entre outros, Rimbaud, ela atreveu-se a elevar o punk a algo mais, criando em "Horses" um dos álbuns mais influentes de sempre.
A primeira importante exposição de Smith ao público em geral deu-se em 1976 no programa Saturday Night Live, que não era conhecido por alinhar com revoluções musicais mas uma notória excepção foi concedida. Toda a actuação é electrizante, com uma Patti Smith andrógina de camisa e gravata, assumindo sem pudor um ponto de vista lésbico e tornando "Gloria" numa canção de desafio. Sem dúvida um dos momentos musicais históricos da televisão.

domingo, agosto 19, 2007

Quase o paraíso


Este fim-de-semana fui acampar com amigos para o parque de campismo da Ilha do Pessegueiro. Passamos a tarde de sábado numa pequena praia rodeada pelas arribas e à noite em Porto Corvo, nada como ver o Benfas começar a perder pontos de forma parva...
Hoje, já no caminho de regresso a Lisboa, antes de chegarmos à Comporta, parámos na praia do Carvalhal. Protegida pelas dunas, são quilómetros e quilómetros de areal banhado por um mar de cor magnífica, com a Arrábida a erguer-se ao longe e quase sem pessoas! Por breves instantes senti que estava no paraíso.

sábado, agosto 18, 2007

Elizabeth: The Golden Age #2


Archduke Charles: This much I know, when the storm breaks, some are done with terror and some spread their wings like eagles and soar.

terça-feira, agosto 14, 2007

Amo-te Rui Costa!

terça-feira, agosto 07, 2007

Mística encarnada

Como a época começa já para a próxima semana com um jogo importante contra o FC Copenhaga na pré-eliminatória da liga dos campeões, a fanática dentro de mim acordou.

Nada melhor do que começar com o meu video favorito sobre o Benfica no youtube que quase me consegue pôr a chorar mas eu também sou doente, por isso... E o mais interessante é que não mostra sequer um único golo do Benfas!

Músicas


Algumas capas de álbuns são mesmo obras admiráveis e esta de "A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado" de Os Mutantes deixou-me de boca aberta porque é a representação da minha ilustração favorita de Gustave Doré.
Admito que quando tentei ler "A Divina Comédia" de Dante Alighieri não passei do Inferno mas devorei por completo todas as ilustrações da obra feitas por Doré, são extremamente atmosféricas e algumas são brilhantes. Nesta temos o próprio Dante acompanhado do poeta Virgílio, o seu guia na descida ao Inferno, enquanto observam algumas almas que sofrem a condenação eterna.