quinta-feira, julho 05, 2007

SBSR Acto 2 Dia 1

Klaxons e Magic Numbers (retirado do 13º Arte)
Despois de na terça ter um dia desesperante no emprego, uma consulta que me deixou pior do que eu já estava e uma certa pessoa eliminada de Wimbledon, nada melhor do que ir ao Super Bock Super Rock! Principalmente quando toda gente está com a t-shirts da moda e eu com a minha camisa da Quebramar, porque afinal de contas foi mesmo sair do trabalho e aterrar directamente no festival.
Cortei as bandas portuguesas, porque não conseguia lá estar a horas e porque sinceramente não estava minimamente interessada em Bunnyranch ou os The Gift. Portanto, para começar, foi mesmo dar uma volta ao sítio, atestar-me com meio litro de cerveja e ver Klaxons. As conclusões que tirei da actuação deles é que concertos ainda com a luz do dia perdem a sua magia e que não me atirem com os Klaxons serem a nova denominada New Rave, músicas que raramente duram mais de 3/4 minutos são demasiado curtas para satisfazerem enquanto rave ou algo minimamente de dança. Tirando isto, o que fica é mesmo rock do bom apesar de a banda talvez sofrer de alguma falta de experiência de palco. Antes dos Bloc Party era a vez dos Magic Numbers e se calhar por essa razão (ou porque era hora de jantar e a malta estava com fome) houve uma ligeira debandada da multidão em frente do palco. Aproveitei para investigar melhor algumas barracas que estavam a vender CDs e dei de caras com um belo achado, um vinil novo dos Siouxsie and the Banshees entre vários em segunda mão, não hesitei e agora sou a orgulhosa dona do LP "The Seven Year Itch". Entretanto algo de subtil ia acontecendo, a música dos Magic Numbers estava a entranhar-se e sem saber bem como de repente encontrei-me no meio da massa humana que ao pé do palco curtia o som. Não estava à espera mas este conjunto constituído por dois pares de irmãos surpreendeu-me muito pela positiva, escusado será dizer que os álbuns deles já se encontram em rotação no iPod.

Bloc Party (retirado do 13º Arte)
Pausa mais alargada à espera dos dois grandes nomes da noite. Os Bloc Party simplesmente não conseguem desiludir e é fácil notar uma enorme empatia entre a banda e Portugal. Em termos de intimidade não foi o Coliseu porque aí o show era todo deles mas foi o aparecer do brilho que tornou a noite especial. Para terminar, Arcade Fire. O que dizer deles?! Um dos comentários que fiz na altura foi que, por entre os neons com o símbolo de bíblias no palco, a actuação deles parecia uma orgia tal era o empenho e emoção que o grupo ponha em cada música. Com a chuva suave que começou a cair parecia mesmo que os céus estavam a abençoar esta fé que os Arcade Fire estavam a pregar. E já agora, Sarah Neufeld é uma grande maluca! Não esteve quieta um único momento e no video é fácil de ver onde ela está, a dar um show com o violino na parte final da canção.