1.618 033 988 749 894 848 #2
Este número, chamado de ouro, é considerado como tendo várias propriedade interessantes, diz-se especialmente que formas que apresentam proporções com base neste número são esteticamente belas.
De momento estou a ler "Reflexões de um cineasta" de Serguei Eisenstein e numa parte do livro ele debruça-se sobre a composição de "O Couraçado Potemkine". Aqui, ele fala de como usou aproximadamente o número de ouro para estabelecer o momento certo onde colocar acontecimentos importantes da narrativa. De repente, acendeu-se uma luzinha na minha cabeça, será que um número que é geralmente usado em arquitectura e em formas pode ser de facto aplicado à arte em geral e ao cinema em particular? Para Eisenstein a resposta é simples, sim! Resolvi testar.
O meu instinto disse-me para tentar em dois filmes, "Gladiator" e "Titanic". Escolhi estas obras pela razão de não serem considerados perfeitos e mesmo assim terem conseguido criar uma sensação quase unânime de histeria, se bem que mais o último do que o primeiro.
Peguei primeiro no "Gladiator". A minha versão do filme tem uma duração de cerca de 142m 14s sem contar com os créditos. Pegando nos 14 segundos, passei-os para o sistema décimal que deu 23 (fiz uma regra de 3 simples considerando 100 equivalente aos 60 segundos). Temos portanto uma duração total de 142.23 minutos. Dividindo o total pelo número de ouro obtive 87.90 minutos. Calculei então que os 0.90 minutos correspondem a 54 segundos. Temos como resultado final 87m 54s. Peguei no filme e coloquei-o nesse minuto, quando para meu espanto reparei os 87m 54s coincidiam exactamente com o final da sequência em que Maximus revela a sua identidade ao imperador, mais propriamente quando ele acaba de dizer "And I will have my vengeance, in this life or the next.". Em resumo, o momento mais importante da história encontra-se precisamente num minuto e segundo ditado pelo número de ouro.
De seguida o Titanic. Neste exemplo usei um pouco mais a minha sensibilidade. O filme está obviamente dividido em duas partes, na primeira seguimos o desenvolvimento do romance de Rose e Jack, a segunda começa com o avistamento do iceberg e suas consequências. A primeira parte nunca me induziu grande emoção, tomei a segunda parte (e obviamente a mais excitante) para analisar. O avistamento do iceberg dá-se ao minuto 94, a pelicula tem uma duração de 180 minutos, a segunda parte tem então 86 minutos. Dividindo 86 pelo número de ouro obtem-se 53 minutos, que somados aos 94 dá 147. Pus de novo o filme nesse minuto e tive outra surpresa, corresponde exactamente à cena em que se vê o capitão agarrado ao leme e os vidros sucumbirem à força da água. Mas mais importante é que essa cena inicia uma sequência de enorme crescendo emocional que termina com o afundamento do navio.
Se isto será tudo coincidência ou premeditado pelo realizador, não sei. O que sei é que momentos de grande pico emocional da história se encontram em minutos passíveis de serem obtidos efectuando contas com o número de ouro, provando-se, para estes casos, que o número do título deste post pode de facto provocar uma sensação de êxtase no espectador da obra de arte.
De momento estou a ler "Reflexões de um cineasta" de Serguei Eisenstein e numa parte do livro ele debruça-se sobre a composição de "O Couraçado Potemkine". Aqui, ele fala de como usou aproximadamente o número de ouro para estabelecer o momento certo onde colocar acontecimentos importantes da narrativa. De repente, acendeu-se uma luzinha na minha cabeça, será que um número que é geralmente usado em arquitectura e em formas pode ser de facto aplicado à arte em geral e ao cinema em particular? Para Eisenstein a resposta é simples, sim! Resolvi testar.
O meu instinto disse-me para tentar em dois filmes, "Gladiator" e "Titanic". Escolhi estas obras pela razão de não serem considerados perfeitos e mesmo assim terem conseguido criar uma sensação quase unânime de histeria, se bem que mais o último do que o primeiro.
Peguei primeiro no "Gladiator". A minha versão do filme tem uma duração de cerca de 142m 14s sem contar com os créditos. Pegando nos 14 segundos, passei-os para o sistema décimal que deu 23 (fiz uma regra de 3 simples considerando 100 equivalente aos 60 segundos). Temos portanto uma duração total de 142.23 minutos. Dividindo o total pelo número de ouro obtive 87.90 minutos. Calculei então que os 0.90 minutos correspondem a 54 segundos. Temos como resultado final 87m 54s. Peguei no filme e coloquei-o nesse minuto, quando para meu espanto reparei os 87m 54s coincidiam exactamente com o final da sequência em que Maximus revela a sua identidade ao imperador, mais propriamente quando ele acaba de dizer "And I will have my vengeance, in this life or the next.". Em resumo, o momento mais importante da história encontra-se precisamente num minuto e segundo ditado pelo número de ouro.
De seguida o Titanic. Neste exemplo usei um pouco mais a minha sensibilidade. O filme está obviamente dividido em duas partes, na primeira seguimos o desenvolvimento do romance de Rose e Jack, a segunda começa com o avistamento do iceberg e suas consequências. A primeira parte nunca me induziu grande emoção, tomei a segunda parte (e obviamente a mais excitante) para analisar. O avistamento do iceberg dá-se ao minuto 94, a pelicula tem uma duração de 180 minutos, a segunda parte tem então 86 minutos. Dividindo 86 pelo número de ouro obtem-se 53 minutos, que somados aos 94 dá 147. Pus de novo o filme nesse minuto e tive outra surpresa, corresponde exactamente à cena em que se vê o capitão agarrado ao leme e os vidros sucumbirem à força da água. Mas mais importante é que essa cena inicia uma sequência de enorme crescendo emocional que termina com o afundamento do navio.
Se isto será tudo coincidência ou premeditado pelo realizador, não sei. O que sei é que momentos de grande pico emocional da história se encontram em minutos passíveis de serem obtidos efectuando contas com o número de ouro, provando-se, para estes casos, que o número do título deste post pode de facto provocar uma sensação de êxtase no espectador da obra de arte.
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