Refastelada em Ayamonte
Resolvi que o meu sofá precisava de ser arejado e mudei-me temporariamente para Ayamonte, Espanha.
Até há alguns anos atrás, a charanga de Ayamonte era presença certa nas festas da minha terra. Depois das largadas de touros, durante a noite da sardinhada, os espanhóis conseguiam pôr toda a gente a vibrar enquanto percorriam as ruas da vila com uma multidão a segui-los. Até a procissão da N. Srª. da Vida tinha outro sabor, com a tristeza apaixonada da banda espanhola a contrastar com a tristeza melancólica da banda portuguesa da casa. E finalmente matei a minha curiosidade em saber de onde vinham estes espanhóis cheios de ganas.
Durante o dia o sol queimava e a noite sem vento e bem quente era mesmo como eu gosto. Portas de casa abertas, janelas escancaradas, montes de pessoas na rua que falavam imenso e uma enorme sensação acolhedora. Disse que só faltava um touro na rua, uma largada e eu sentiria-me completamente em casa, quem ia comigo não percebeu, talvez seja preciso nascer-se e viver-se numa tradicional vila ribatejana para se perceber.
Entretanto, quando fomos jantar um exército de mosquitos resolveu atacar, assim que nos sentamos na mesa a primeira coisa que o empregado fez foi, qual cowboy, sacar de um spray do bolso e besuntar-nos de repelente. Foi um momento interessante.
Agora o meu sofá já regressou a casa e o dever chama, tenho que retomar o trabalho final de curso.
Até há alguns anos atrás, a charanga de Ayamonte era presença certa nas festas da minha terra. Depois das largadas de touros, durante a noite da sardinhada, os espanhóis conseguiam pôr toda a gente a vibrar enquanto percorriam as ruas da vila com uma multidão a segui-los. Até a procissão da N. Srª. da Vida tinha outro sabor, com a tristeza apaixonada da banda espanhola a contrastar com a tristeza melancólica da banda portuguesa da casa. E finalmente matei a minha curiosidade em saber de onde vinham estes espanhóis cheios de ganas.
Durante o dia o sol queimava e a noite sem vento e bem quente era mesmo como eu gosto. Portas de casa abertas, janelas escancaradas, montes de pessoas na rua que falavam imenso e uma enorme sensação acolhedora. Disse que só faltava um touro na rua, uma largada e eu sentiria-me completamente em casa, quem ia comigo não percebeu, talvez seja preciso nascer-se e viver-se numa tradicional vila ribatejana para se perceber.
Entretanto, quando fomos jantar um exército de mosquitos resolveu atacar, assim que nos sentamos na mesa a primeira coisa que o empregado fez foi, qual cowboy, sacar de um spray do bolso e besuntar-nos de repelente. Foi um momento interessante.
Agora o meu sofá já regressou a casa e o dever chama, tenho que retomar o trabalho final de curso.
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