Criancices
Quando era criança, nas minhas brincadeiras nunca era a princesa presa numa torre à espera que um principe num cavalo branco me viesse salvar. Eu é que era o herói das minhas aventuras. Eu é que pegava numa espada (régua de 50 cm) e saltava por muros (sofá), rastejava por entre ruínas (por baixo da cama dos meus pais) e depois ia enfrentar o grande vilão (o meu maior urso de peluche). Era uma luta titânica! Com um golpe de pontapé dele a minha espada voava para longe do meu alcance mas eu conseguia manter a calma, eu não podia perder esta batalha, o mundo dependia de mim! Num forte ataque eu lançava-me contra ele, no entanto, sorrateiramente, o vilão sacava de um punhal (régua de 15 cm) e feria-me na barriga. A ferida era profunda e eu caía sobre o meu joelho. A luta parecia perdida e o vilão regozijava-se. Então, juntando todas as minhas forças eu conseguia retirar o punhal do meu corpo e num golpe derradeiro enfiava a lâmina da arma no seu coração. O vilão estava morto e eu tinha vencido mas as minhas forças fugiam-me. Eu ia morrer do meu ferimento mas sentia que tinha cumprido o meu dever. Em troca da minha vida o mundo tinha sido salvo.
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