Glórias do Teatro
Duas lendas do teatro, que apesar de só as ter visto escassos momentos a representar, me impressionaram e ficaram na minha memória, Amélia Rey Colaço e Palmira Bastos. Traço comum, Palmira Bastos pertencia à companhia criada por Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro.
Amélia Rey Colaço revolucionou o teatro no Portugal de Salazar. Convidou pintores como por exemplo Almada Negreiros para colaborarem com ela. Na sua companhia de teatro, para além de Palmira Bastos, estavam também Maria Matos e Vasco Santana e ajudou a revelar novos talentos como Eunice Muñoz, Carmen Dolores ou João Perry. Introduziu no teatro português autores como Arthur Miller, Lorca ou Tennessee Williams e incentivou a produção de peças de autores portugueses. Chegou a pedir ao regime ditatorial permissão para ensaiar esses "malditos comunistas", Brecht, Camus e Sartre. Pedido que foi obviamente negado.
Era chamada de "A Imperadora" do teatro português.
Palmira Bastos nasceu em 1875 em Alenquer, filha de artistas ambulantes espanhóis. Idolatrada pelo público, terá sido a maior actriz portuguesa. A sua polivalência permitia-lhe representar tanto drama, comédia, assim como entrar em operetas e em revistas. A sua peça mais memorável é "As Árvores Morrem de Pé" de Alejandro Casona. É mítica a cena em que diz, pondo enfâse na sua bengala, "Que não me vejam caída. Morta por dentro, mas de pé como uma árvore!"
Amélia Rey Colaço revolucionou o teatro no Portugal de Salazar. Convidou pintores como por exemplo Almada Negreiros para colaborarem com ela. Na sua companhia de teatro, para além de Palmira Bastos, estavam também Maria Matos e Vasco Santana e ajudou a revelar novos talentos como Eunice Muñoz, Carmen Dolores ou João Perry. Introduziu no teatro português autores como Arthur Miller, Lorca ou Tennessee Williams e incentivou a produção de peças de autores portugueses. Chegou a pedir ao regime ditatorial permissão para ensaiar esses "malditos comunistas", Brecht, Camus e Sartre. Pedido que foi obviamente negado.
Era chamada de "A Imperadora" do teatro português.
Palmira Bastos nasceu em 1875 em Alenquer, filha de artistas ambulantes espanhóis. Idolatrada pelo público, terá sido a maior actriz portuguesa. A sua polivalência permitia-lhe representar tanto drama, comédia, assim como entrar em operetas e em revistas. A sua peça mais memorável é "As Árvores Morrem de Pé" de Alejandro Casona. É mítica a cena em que diz, pondo enfâse na sua bengala, "Que não me vejam caída. Morta por dentro, mas de pé como uma árvore!"
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