Exposições
"Into the Light - A Imagem Projectada na Arte Americana de 1964 a 1977" no CCB
Foi o nome de Andy Warhol que me atraiu para ver esta exposição. No entanto, das obras que lá estavam a única que transformou a minha visita em algo memorável foi "Line Describing a Cone" de Anthony McCall (foto).
A cada obra está atribuída uma sala, mas para ver esta de Anthony McCall havia primeiro um corredor mal iluminado e pensei se era suposto eu andar ali, se aquilo não seria algo vedado ao visitante. Quando cheguei ao fim do corredor vi uma cortina negra que dava para uma sala aparentemente escura, puxei a cortina e lá dentro vi um projector e um feixe de luz.
Quantas vezes, no cinema, eu já tinha ficado hipnotisada por aquele feixe mágico que desce do céu para se projectar na tela. Mas uma ida ao cinema é feita para se apreciar o que se reflecte não o meio de transmissão ou o projector.
Nesta obra começa-se por ver um ponto na parede que se vai transformando num círculo. Dentro da sala é criado uma espécie de névoa artificial que faz com que o feixe de luz se torne visível. O círculo que se desenha, a reflexão, é o que menos importa, o que interessa é o feixe e o modo como ele ocupa o espaço da galeria, desenhando um cone de luz. E foi isso que me fascinou! O facto da obra clamar para interagirmos com ela. Entrar no cone de luz, sentir a luz tocar-nos, passar ao de leve os dedos pela luz, deixando um rasto de sombra. Era como se o espaço físico da sala tivesse sido modificado e de repente não houvesse paredes, apenas aquele objecto cónico no qual poderiamos entrar ou tocar.
Foi de facto uma experiência única e que valeu muito mais que o dinheiro que dei pelo bilhete.
Foi o nome de Andy Warhol que me atraiu para ver esta exposição. No entanto, das obras que lá estavam a única que transformou a minha visita em algo memorável foi "Line Describing a Cone" de Anthony McCall (foto).
A cada obra está atribuída uma sala, mas para ver esta de Anthony McCall havia primeiro um corredor mal iluminado e pensei se era suposto eu andar ali, se aquilo não seria algo vedado ao visitante. Quando cheguei ao fim do corredor vi uma cortina negra que dava para uma sala aparentemente escura, puxei a cortina e lá dentro vi um projector e um feixe de luz.
Quantas vezes, no cinema, eu já tinha ficado hipnotisada por aquele feixe mágico que desce do céu para se projectar na tela. Mas uma ida ao cinema é feita para se apreciar o que se reflecte não o meio de transmissão ou o projector.
Nesta obra começa-se por ver um ponto na parede que se vai transformando num círculo. Dentro da sala é criado uma espécie de névoa artificial que faz com que o feixe de luz se torne visível. O círculo que se desenha, a reflexão, é o que menos importa, o que interessa é o feixe e o modo como ele ocupa o espaço da galeria, desenhando um cone de luz. E foi isso que me fascinou! O facto da obra clamar para interagirmos com ela. Entrar no cone de luz, sentir a luz tocar-nos, passar ao de leve os dedos pela luz, deixando um rasto de sombra. Era como se o espaço físico da sala tivesse sido modificado e de repente não houvesse paredes, apenas aquele objecto cónico no qual poderiamos entrar ou tocar.
Foi de facto uma experiência única e que valeu muito mais que o dinheiro que dei pelo bilhete.
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