quarta-feira, dezembro 01, 2004

Ídolo s. m.,

figura, estátua ou imagem que representa uma divindade e que é objecto de adoração;
pessoa a quem se tributa muito respeito e veneração;
aquilo que é objecto de adoração, de paixão cega.

Detesto a cultura de massificação de ídolos que agora parece estar tanto na moda.
De resto eu detesto tudo que implique paixão cega por algo, especialmente por pessoas. Penso que isto só leva a fanatismos e por consequência a um extremar de posições quando se encontra alguém com opinião, gosto ou sei lá mais o quê que seja contrário ao nosso.
Eu não tenho ídolos. Há figuras históricas e públicas que me fascinam, que conseguem incendiar o meu imaginário mas não nutro nenhuma paixão cega por elas. Não existe ninguém perfeito e cada pessoa tem as suas idiossincrasias.
E depois, agora parece que qualquer pessoa que tenha os seus 15 minutos de fama de forma mediática vira ídolo instantâneo. Irrita-me a vulgarização de termos como ídolo ou diva. Nos tempos que correm uma Avril Lavigne ou uma Britney Spears é considerada uma diva. Divas do quê? Não são cantoras notáveis! Estão a colocá-las no mesmo saco que Nina Simone, Ella Fitzgerald ou Maria Callas. Mulheres que tinham um talento enorme e personalidades vincadas para o bem ou para o mal.

Eu não quero ídolos fabricados, supostamente perfeitos e inatingíveis quero pessoas reais e complexas, são bem mais interessantes.